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Indicado pela APROBAT, presidente da Câmara Setorial da Borracha visita Aparecida do Taboado

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Aparecida do Taboado (MS) – Há pouco mais de nove meses no cargo, o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha Natural (CSBN), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Carlos Carvalho Gerin, esteve pessoalmente no município nesta terça-feira (1) para agradecer a indicação e o apoio recebidos da APROBAT – Associação dos Produtores de Borracha de Aparecida do Taboado, presidida por Eduardo Sanchez.

Sanchez, que além da APROBAT também preside o Sindicato Rural de Aparecida do Taboado e foi um dos principais articuladores junto à ministra Tereza Cristina, com apoio do presidente da Famasul, Maurício Saito, e de produtores do Estado para a nomeação de Gerin, se sentiu lisonjeado com a visita e afirmou que “agora a CSBN tem um produtor nato à sua frente, que já está tomando importantes decisões assertivas que têm feito a diferença para o fortalecimento da atividade no país”. Eduardo agradeceu ao empenho de Saito, assim como o apoio de colegas produtores de Mato Grosso do Sul, para que a indicação da APROBAT fosse atendida em Brasília.

Ao Costa Leste News, com exclusividade, Gerin falou pela primeira vez após a posse. O engenheiro por formação afirmou que encontrou uma Câmara totalmente direcionada à indústria e que sua principal missão tem sido proteger os produtores do que ele chamou de “atuações perversas” do mercado. Isso porque, segundo o presidente, o custo de produção do látex coagulado – estimado hoje em R$ 4,20 pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – não vem sendo levado em consideração pelo mercado, o que tem inviabilizado a produção, prejudicando a base primária da cadeia produtiva, que é o produtor.

Com afinco, Gerin afirmou: “é preciso estabelecer um piso pelo qual o produtor receba pelo menos o custo da produção, tendo como base o valor estipulado pelo IEA; isso para que ele não fique no prejuízo”.

Conforme o Costa Leste News apurou, várias usinas têm praticado um índice abaixo do valor de mercado, reduzindo o preço de compra a R$ 1,80. Sobre isso, Gerin enfatizou que a luta da CSBN vai ser “acabar com essa injustiça”, fazendo um “amplo acordo com a usina”, já que essa é a principal compradora do látex.

O presidente ainda salientou que as vantagens obtidas pela indústria, como o imposto de importação, bem como as sobretaxas e restrições de importação, não chegam ao produtor, “como ele [produtor] não agrega valor ao produto, tem sido prejudicado. Mas sem o produtor, não há o látex. É importante equilibrarmos esta balança para que a atividade não seja erradicada do Brasil, pois sabemos que a borracha é fundamentalmente importante para o desenvolvimento do país e está presente em -quase- tudo, inclusive tem sido essencial no combate ao coronavírus”. Para exemplificar, Gerin usou as luvas descartáveis e outros materiais utilizados pelos profissionais que estão na linha de frente contra o vírus.

Por conta do distanciamento social em função da pandemia do novo coroavírus, Eduardo Sanchez recebeu o presidente Antônio Gerin sem muita cerimônia, representando os demais membros das diretorias das duas entidades que ele preside.

Antônio Carlos Carvalho Gerin é heveicultor em União de Minas (MG) e representante da Associação dos Produtores de Látex do Brasil (Apotex Brasil). Ele ficará à frente da Câmara Setorial da Borracha Natural pelo biênio 2020/2021 em sucessão a Fernando do Val Guerra (Apabor).

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