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Mês sagrado para os mulçumanos, o Ramadan é muito mais do que jejum

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Aparecida do Taboado (MS) – Celebrado sempre no nono mês do calendário islâmico, o Ramadan é um mês sagrado para os mulçumanos. Durante este período, os praticantes do islamismo fazem jejum diariamente do nascer ao pôr do sol.

Presentes em todas as partes do mundo, os mulçumanos têm orgulho de sua religião e cultura e em Aparecida do Taboado não seria diferente. Para contar um pouco sobre sua experiência pessoal neste período, o Costa Leste News conversou com Amani Jadallah Safa, jovem de família mulçumana que mora no município.

Segundo a jovem que reside em Aparecida do Taboado há 12 anos, o Ramadan acontece no nono mês, pois foi quando o alcorão sagrado foi revelado.

“Eu não sou uma pessoa muito religiosa, mas é uma coisa que eu sinto que faz muita diferença e fortalece meu espirito. Nesse mês, trabalho a empatia e o autocontrole, principalmente em relação a comida”, explica.

Amani ainda completa dizendo que além do jejum de alimento e água durante o dia, neste período os mulçumanos “dobram” a quantidade de orações diárias, os estudos do alcorão e a caridade, “é um mês muito bom de se viver, em que as pessoas procuram a harmonia”.

Durante esses dias, eles costumam acordar antes do nascer do sol para se alimentar com frutas, por exemplo, e se hidratar bem. Após as 18h, horário em que voltam a se alimentar, se quebra o jejum consumindo água e tâmara e logo após vem o jantar, chamado de Al-lftar em árabe.

Mês sagrado para os mulçumanos, o Ramadan é muito mais do que jejum

Ao contrário do que muitos pensam, o Ramadan que dura entre 29 e 30 dias, não é celebrado no mesmo mês em todos os anos, pois o calendário islâmico é baseado no ciclo lunar.

“É o momento em que a gente dá mais valor para as coisas da vida. Normalmente a gente reclama tanto e ontem eu só queria chegar em casa e poder tomar um copo de água e quando isso aconteceu, fiquei muito feliz”, finaliza.

Instagram
Em homenagem ao mês sagrado islâmico, o aplicativo Instagram lançou esta semana um pacote de figurinhas produzidas pela artista Hal Al-Abbasi, nascida no Bahrein.

As publicações comemorativas possuem um espaço de destaque no story da rede social e muitas pessoas o utilizaram para fins comerciais ou até mesmo para autopromoção, gerando polêmica.

Durante a entrevista, Amani comentou sobre essas atitudes e disse que no início pensou que seria por falta de conhecimento dos usuários sobre o tema. “Conforme os dias foram passando e as pessoas continuaram a usar as figurinhas para se promover […] percebi que não era falta de informação, mas de senso mesmo”.

Para ela, as “figurinhas” vão muito além de um momento especial, mas também a possibilidade de reunir mais conhecimento sobre a religião e o Ramadan.

 

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