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Referência no atendimento a Covid-19 em MS, HR atinge 98% de ocupação de leitos críticos e entra em ‘alerta vermelho’

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Referência no atendimento a casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul, o Hospital Regional (HR), localizado na capital Campo Grande, está com 98% dos leitos críticos ocupados, até a tarde desta terça-feira (7). Por isso, o hospital anunciou que entra numa fase de “alerta vermelho” e monta estratégia para liberar leitos exclusivos a pacientes com coronavírus.

De acordo com a diretora-presidente do HR, Rosana Leite de Melo, o número de leitos na unidade está seriamente comprometido, após um salto de 80 para 98% na ocupação em menos de 24 horas. Apenas duas, das 83 vagas de leitos críticos, estão disponíveis.

“É algo que assusta muito. Vamos tomar medidas emergenciais aqui no hospital, mas sem que a população se conscientize que somente eles podem parar avanço exponencial do vírus, fica impossível fazer algo. Vai faltar leitos, respiradores, medicamento e infelizmente vidas vão se perder”, disse Rosana à assessoria do hospital.
 
Para atender a demanda, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e o hospital entraram em um novo nível de estratégia. Já durante a tarde desta terça, pacientes internados no HR que não tem suspeita ou confirmação da Covid-19 estão sendo contrarreferenciados, ou seja, encaminhados para outros hospitais na capital sul-mato-grossense.

Com o contrarreferenciamento, o HR pretende liberar cerca de 30 leitos clínicos e 10 leitos críticos. Há ainda, para ser implementado no hospital, 10 leitos doados por uma indústria de alimentos. Para o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, o cenário é a fase mais crítica do coronavírus em Mato Grosso do Sul. “É lamentável que tenhamos chegado a esse ponto. Estamos na fase III do Plano de contingência do Hospital. É um alerta vermelho”, explicou.

Outra solução possível citada pela assessoria do HR é o acionamento da segunda tenda do Hospital de Campanha para colocar os pacientes Covid de sintomas leves. “Tivemos um resultado significativo quando acionamos o Hospital de Campanha antecipadamente. Agora, novamente, vamos mudar a estratégia para acompanhar esse aumento súbito de casos registrados dentro do Hospital Regional. O pior da doença está por vir”, afirmou a diretora-presidente do hospital.

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