O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o Brasil tem enfrentado a crise da maneira mais forte, rápida e dura possível. A fala dele ocorreu em Davos (Suíça), durante o Fórum Econômico Mundial. “A realidade é que esta recessão foi causada por uma série de erros macroeconômicos que ocorreram nos últimos anos e que herdamos”, argumentou.
Segundo Meirelles, as medidas colocadas em prática no Brasil para combater a crise vão permitir a volta do crescimento já no primeiro trimestre deste ano, bem como a gradativa redução da taxa de desemprego no País
Essa é a décima ida do ministro ao Fórum – a nona como integrante do governo. Meirelles afirmou ainda que o País já mostra sinais de retomada e desperta elevado interesse dos estrangeiros. “O desemprego no Brasil está alto, de fato. E qual é a solução? A solução é fazer exatamente o que nós estamos fazendo”, acrescentou.
Para ele, a questão fiscal, que é a principal razão da crise, está sendo enfrentada por meio da aprovação de medidas importantes, como a que limita a expansão dos gastos públicos e por meio da reforma da Previdência, já aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Inflação menor
A inflação, ponderou o ministro, tem sido combatida com vigor, o que levou a uma desaceleração do custo de vida no País. Esse movimento, segundo ele, permitiu ao Banco Central reduzir a taxa de juros (Selic). Ele também classificou como determinantes as medidas microeconômicas.
“Tudo isso vai impulsionar o crescimento”, afirmou Meirelles, que projetou que o Produto Interno Bruto (PIB) poderá voltar ao campo positivo já no primeiro trimestre deste ano. “Temos certeza de que, quando os números do primeiro trimestre forem divulgados, nós já vamos claramente ver crescimento.”
O ritmo de expansão, prevê, vai se acelerar até chegar a 2% no quarto trimestre em comparação com o quarto trimestre de 2016. “A partir daí, a recuperação do emprego vem como consequência da recuperação da atividade econômica”, explicou ele.
