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Presidente da Undime diz que reforma do ensino médio penaliza municípios

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    A presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Emanuelina Martins, criticou nesta terça-feira (24), durante abertura de evento na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), a reforma do ensino médio, em discussão no Congresso Nacional.
    Segundo ela, a reforma, que já passou pela Comissão Especial, tira recursos dos municípios brasileiros.
    A crítica foi feita na presença do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), coordenador da bancada federal, que participou da primeira reunião de trabalho do ano da entidade da qual fizeram parte novos secretários municipais de Educação.
    Ela observou que aumentando o bolo (financeiro)  para aplicação no ensino médio, conforme o texto original do projeto, a proposta acaba tirando recursos da educação infantil.
    Em discurso na abertura do encontro, Emanuelina deu boas vindas aos novos secretários e reafirmou o compromisso da manutenção de parceria com os governos estaduais e federal visando a obtenção de  mais verbas para investimento na área de educação em Mato Grosso do Sul.
    “Temos de defender esse tipo de parceria. A educação não dá para ter distinção de rede, temos que ter educação pública de qualidade”, colocou a dirigente, ao agradecer as orientações do senador, que deixou seu gabinete à disposição dos secretários para o encaminhamento de projetos voltados ao setor.
    Ao mesmo tempo, ela aconselhou os secretários a bater na porta dos gabinetes dos representantes do Estado no Congresso Nacional, não apenas em busca de dinheiro, mas para contestar, se for o caso, toda vez que perceber a existência de algum projeto prejudicial aos municípios.
    “Quero reforçar que temos que brigar, bater na porta dos deputados e senadores”, reforçou, diante do iminente prejuízo que os municípios vão ter a partir da aprovação do projeto de lei que prevê a reforma do ensino médio, cuja matéria ainda terá de passar pelos plenários da Câmara e do Senado.

FOCO
    Emanuelina tentou passar para os secretários um discurso otimista com foco na educação, advertindo que os problemas existem e devem ser superados mesmo diante de uma política deficiente voltada ao setor.
    “Vamos focar na educação, que é a política mais importante. Os problemas são os mesmos, independente do tamanho dos municípios, e o papel da Undime é orientar, discutir a questão do transporte escolar, da merenda, vagas nas escolas.  Temos inúmeros problemas para enfrentar no dia a dia. Estamos vivendo um novo momento, a legislação muda e a gente precisa fazer gestão de qualidade”, alertou.
    Entre outras autoridades, prestigiou o encontro a secretária de Estado de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, representando o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

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