Reconhecer e identificar as habilidades individuais de cada aluno e, com essas poderosas informações em mãos, ensiná-los a usar a criatividade, pensar em como fazer bem e inovar. Com esse olhar humano sobre o caminho da ciência e da tecnologia, o tecnólogo em mecatrônica industrial pelo Senai de São Paulo e juiz chefe dos Torneios Regionais FLL (First LEGO League) no Brasil, Adriano Machado, veio a Campo Grande (MS) para compartilhar a experiência em competições de robótica com os coordenadores e professores-articuladores das escolas do Sesi em Aparecida do Taboado, Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju, Naviraí e Três Lagoas.
A convite da analista técnica em educação responsável pelo Programa LEGO Curricular nas escolas do Sesi do Estado, Juliana de Alencar Nicolau, Adriano Machado veio repassar sua expertise na área e, dessa forma, aprimorar o ensino de robótica, além de assessorar os articuladores na elaboração do plano de trabalho dos times de robótica das escolas do Sesi para 2017. Ela explica que a participação dos alunos nos torneios regionais é uma forma de motivá-los a empenharem-se na busca por resultados, além de promover o intercâmbio entre os times de robótica do Brasil todo.
“Os torneios de robótica são uma forma de incutir nos alunos a percepção de que a dedicação, estudo e empenho trazem resultados concretos. A robótica educacional é, sem dúvidas, um dos diferenciais das Escolas do Sesi, e investir na qualificação da equipe, trazendo profissionais com o know how do Adriano Machado, demonstra o compromisso que a instituição tem na busca por um ensino diferenciado”, avaliou Juliana Nicolau sobre o ensino regular de robótica, que integra a matriz curricular.
Potencial
“Venho falar sobre como os professores articuladores podem desenvolver o trabalho deles junto aos alunos nas aulas de robótica. Não existe fórmula mágica, mas podemos discutir possibilidades, ajudar a visualizar como construir o aluno enquanto indivíduo, porque ele tem uma habilidade, talentos que são só deles, e, muitas vezes, fica ali, escondido, e só precisa de um direcionamento”, afirmou Adriano Machado sobre como percebe o potencial de cada aluno.
“Muitos não se desenvolvem na área de Ciências e Tecnologias porque acham que é chato ser engenheiro, ser programador, que é ‘coisa de nerd’, mas pode ser tão divertido quanto outras áreas do conhecimento. E isso surge a partir do momento que o professor consegue repassar isso, e adquire a percepção de como extrair o potencial de cada aluno”, emendou o coach.
Educadores
Professor-articulador da Escola do Sesi de Três Lagoas, José Bertolotto fala da importância da robótica na vida dos alunos. “Não se trata apenas de números, cálculos. Nas aulas de robótica há um estímulo à interdisciplinaridade e ao trabalho em equipe, e ao ensino prático, para despertar no aluno a capacidade de compreender como ele pode converter o que aprendeu em benefício das pessoas. E o que foi dito hoje pelo Adriano vai ao encontro dessa nossa postura em sala de aula, de ter um olhar mais humano sobre o aluno”, afirmou.
Articuladora da Escola do Sesi de Dourados, Olivia França de Freitas avalia que a experiência com Adriano Machado fará com que os professores fiquem mais focados. “Os ensinamentos do Adriano geram reflexões e levam a uma auto avaliação do nosso trabalho em sala de aula. Acredito que, depois desta experiência, poderemos traçar melhor nossos objetivos e alinhar nosso caminho para 2017”, declarou a professora.
Wesley Sarati Coelho, professor-articulador da Escola do Sesi de Três Lagoas, analisa que a orientação do coach vai aprimorar o ensino de robótica. “Aprender a fazer, aprender a ser, aprender a pensar e aprender a conviver, além de estimular a reflexão, pesquisa e a solução de problemas, são conceitos que trazem resultados com os estudantes na área pessoal e social”, destacou.