Não é mais novidade para ninguém que o Brasil enfrenta uma epidemia de sífilis. O Ministério da Saúde admitiu recentemente que a situação brasileira é de epidemia, mas o aumento do número de casos vem se desenvolvendo há mais tempo. Os números de casos novos vêm aumentando a cada ano, de maneira significativa, e o tratamento desta situação como uma epidemia objetiva trazer resultados mais expressivos no controle da doença.
O que é a sífilis?
A sífilis é uma infecção de caráter sistêmico, causada pela bactéria Treponema pallidum (T. pallidum), exclusiva do ser humano, e que, quando não tratada precocemente, pode evoluir para uma enfermidade crônica com sequelas irreversíveis em longo prazo. É transmitida predominantemente por via sexual e vertical (de mãe para filho).
Durante a evolução natural da doença, ocorrem períodos de atividade com características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas, intercalados por períodos de latência, durante os quais não se observa a presença de sinais ou sintomas.
A sífilis é um importante agravo em saúde pública, pois além de ser infectocontagiosa e de possuir a capacidade de acometer o organismo de maneira severa quando não tratada, aumenta significativamente o risco de se contrair a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), uma vez que a entrada do vírus é facilitada pela presença das lesões sifilíticas.
Prevenção:
Não existe vacina contra a sífilis, e a infecção pela bactéria causadora não confere imunidade protetora, logo isto significa que as pessoas poderão ser infectadas tantas vezes quantas forem expostas ao T. pallidum.
Portanto, a prevenção deve ser constante, por meio do uso de preservativos em todas as relações sexuais. No caso das gestantes, os exames pré-natais e o acompanhamento médico tão logo a mulher tomar conhecimento da gestação, são de extrema importância para o início precoce do tratamento e maiores chances de preservar a saúde do bebê.
Diagnóstico:
O diagnóstico da sífilis é clínico-laboratorial, ou seja, baseado nos sintomas e aspectos clínicos, além de exames laboratoriais. Estes são divididos em duas categorias: testes não treponêmicos (como por exemplo, o VDRL) e testes treponêmicos, sendo que em casos positivos ambos os testes devem ser realizados, para fins confirmatórios.
Mais informações, disponíveis em: http://www.aids.gov.br/pagina/sifilis
Referência:
http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2016/59213/manual_sifi
lis_10_2016_pdf_19611.pdf

