Campo Grande (MS) – Mato Grosso do Sul registrou neste primeiro quadrimestre queda do numero de casos confirmados de Influenza A H1N1 em comparação ao ano passado, considerado epidêmico para a doença. Os dados foram publicados nesta quarta-feira (3.5) no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul.
De acordo com o boletim, em 2016, no período da semana 1 a semana 18, foram registradas 227 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 42 confirmadas para H1N1. Este ano, no mesmo período, foram registradas 209 notificações de SRAG, porém nenhum caso confirmado de H1N1.
Ainda em 2016 e no mesmo período, das 510 amostras analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS), 117 foram confirmadas com a influenza A H1N1. Já este ano, de 400 amostras analisadas, nenhuma foi confirmada com H1N1.
Em relação aos óbitos, em 2016 foram registrados, no primeiro quadrimestre, nove óbitos, enquanto este, apenas um óbito, o de uma criança de 1 ano, que morava em Campo Grande. Ela faz parte do grupo de risco, apresentou sintomas no dia 26 de abril e morreu no dia 30, acometida da gripe H3N2. Os dados mostram uma queda significativa no registro de casos graves da doença em todo o Estado, além do fortalecimento das ações em saúde na capacitação dos profissionais da área nos cuidados e orientações à população sobre os riscos do vírus Influenza.
Mesmo com a queda dos números, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) reforça os cuidados não apenas direcionados à Influenza A H1N1, como também ao seu tipo sazonal H3N2. Para isso é importante que a população continue adotando as medidas básicas de cuidados aos primeiros sintomas da doença e também procurando as unidades de saúde para se vacinar, caso façam parte do público-alvo.
Vacinação
Desde o dia 17 de abril está ocorrendo em todas as unidades básicas de saúde dos municípios, a Campanha de Vacinação contra a Influenza, que continua sendo o método mais eficaz para evitar o agravo da doença. Para este ano, foram incluídos os profissionais de educação da rede de ensino básico (Ensino Regular, Especial e Educação de Jovens e Adultos – EJA) e superior das escolas públicas e privadas. A inclusão no público-alvo foi um dos principais debates em 2016, devido aos números de casos registrados, sendo Mato Grosso do Sul, um dos principais estados a se mobilizar para a inclusão dos profissionais da rede de ensino. Também fazem parte do público-alvo:
* pessoas com 60 anos ou mais de idade;
* crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias);
* gestantes puérperas (até 45 dias após o parto);
* trabalhadores de saúde;
* povos indígenas;
* grupos portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas;
* população privada de liberdade;
* profissionais do sistema prisional.
Em Mato Grosso do Sul devem ser aplicadas, aproximadamente, 750 mil doses que serão distribuídas aos 79 municípios. A mobilização é coordenada pela SES, por meio da Superintendência Estadual de Vigilância em Saúde em parceria com as coordenadorias de imunização dos municípios, sendo a meta 90% do público-alvo.
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