Aparecida do Taboado (MS) – A rapadura chegou ao Brasil em 1532 e servia de alimento para os escravos por possuir muitos nutrientes, ao longo da história passou a ser para muitos a sobremesa preferida depois do almoço, especialmente na região Nordeste.
Em Aparecida do Taboado a rapadura continua sendo produzida uma vez por semana por meio de um processo artesanal conduzido pela produtora Vera Lúcia Camargo e sua filha Cristiana Ribeiro Camargo, que são muito conhecidas na região pela qualidade das rapaduras fabricadas no fundo do quintal. Dona Vera já trabalha na área há mais de 30 anos, não só com a fabricação de rapaduras, mas também farinha de mandioca e cocada. Durante muitos anos, o senhor Oreste Ribeiro, marido de dona Vera, trabalhou na confecção do doce, mas agora por problemas de saúde precisou se afastar, porém ajuda na produção realizando a busca da cana-de-açúcar, cortando e moendo para extrair o caldo (garapa).
Cristiana conta que a produção de rapadura leva tempo, ela e a mãe acordam às 04h da manhã para darem início à fabricação e terminam por volta das 18h. Utilizando em média 700 kg de cana-de-açúcar elas obtêm cerca de 80 a 100 rapaduras, pesando 800g cada. A fabricação é realizada uma vez por semana e atende grande parte do comércio aparecidense e região.
Para a produção da rapadura são realizados alguns processos como a retirada das impurezas, que consiste em peneirar o caldo extraído para a retirada das impurezas grosseiras. Após este processo, o caldo é deixado em repouso por aproximadamente 15 minutos e depois é colocado nos tachos para ser aquecido.
Em seguida dá-se início ao cozimento e a massa vai tomando a consistência de bala. Este é sinal de que o cozimento chegou ao fim. Após esse processo, a massa cozida é retirada do tacho com o auxílio de uma concha e é colocada em cochos de madeira, e agitada com o uso de uma espátula, até que se resfrie e atinja condições de se modelar a rapadura. Nesta fase podem ser acrescentadas substâncias para dar outros sabores ao produto. Os principais produtos adicionados à massa são: amendoim, coco, mamão, abóbora e leite.
Com o auxílio de uma concha, a massa é transferida para formas que vão modelar o produto. Após o resfriamento, a rapadura deve ser embalada de modo a não deixar que fique ar entre sua superfície e a embalagem, para não haver perda de qualidade do produto final. Assim, as rapaduras devem ser embaladas individualmente, constando no rótulo todas as informações exigidas pelos órgãos responsáveis pela fiscalização de produtos alimentícios, como o nome do fabricante, data de produção e validade.
Dona Vera diz que houve um grande aumento na demanda da produção de rapaduras, por 25 anos ela vendeu de porta em porta, pois ainda não havia a legalização de produtos artesanais para o comércio, agora que tudo está conforme a lei a procura pelo doce cresceu bastante. Em Aparecida do Taboado ela distribui o produto em vários mercados, como no Central, Taboado, Gianini, Tradicional e também na Conveniência Parati, Barraca do pão, Mercado do Gilson e até em Santa Fé do Sul-SP.
As produtoras Vera e Cristiana convidam todos que ainda não conhecem para experimentarem a qualidade de uma rapadura totalmente caseira e feita com dedicação e carinho por quem já está no ramo há mais de 30 anos, basta pedir pela rapadura D’Camargo no supermercado mais próximo.
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