/

?ALMS garante acordo para evitar demissões e garantir ressarcimento da JBS

2 minutos de leitura

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, a JBS e o Governo do Estado assinaram nesta terça-feira (24/10) um acordo para garantir a retomada dos abates de gado nos frigoríficos da empresa no Estado e a não demissão dos funcionários. Cinco bens, totalizando em R$ 756 milhões, foram dados como garantia, mais do que os R$ 730 milhões já bloqueados pela justiça a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Irregularidades Fiscais e Tributárias do Estado de Mato Grosso do Sul.

Outra medida, a pedido da CPI, foi incluir cláusula retomando o bloqueio de bens caso o novo acordo não seja cumprido pela JBS. “São cinco imóveis dados como garantia, sendo duas plantas frigoríficas e três áreas em Campo Grande. O acordo segue para a homologação do juiz. Em seguida, o dinheiro retido será liberado”, disse o deputado, Paulo Correa (PR), presidente da CPI das Irregularidades Fiscais e Tributárias de Mato Grosso do Sul.  

Para o presidente da ALMS, deputado Junior Mochi (PMDB), o diálogo entre a Assembleia Legislativa, o Governo do Estado e a diretoria da JBS foi fundamental para a oficialização do acordo. “Fui convidado pela CPI para ajudar a buscar o entendimento com os empresários. Na reunião em São Paulo, a direção da empresa manifestou o interesse do acordo. Aceitamos desde que houvesse garantia do ressarcimento dos débitos que são devidos ao Estado, manutenção das atividades de abates, dos empregos, dos investimentos e a regularidade do pagamento dos fornecedores”, afirmou Junior Mochi.

Segundo ele, esse acordo de vontades será submetido agora ao juiz para que seja homologado. “Protocolado, vamos aguardar o magistrado fazer a homologação. Hoje, a JBS já retomou os abates e estamos apenas oficializando aquilo que já foi acordado entre as partes’, salientou.  

Em relação aos funcionários da JBS, que estavam preocupados com a possibilidade de perder seus empregos e foram à Casa de Leis pedir apoio aos parlamentares, o deputado Pedro Kemp (PT) garantiu que a empresa não demitirá nenhum dos seus colaboradores.

CPI – A CPI foi constituída para investigar a denúncia realizada pelos executivos da JBS, Joesley Mendonça Batista, Wesley Mendonça Batista e Ricardo Saud, do pagamento de diversas notas fiscais ‘frias’ emitidas por pessoas físicas ou jurídicas entre os anos de 2010 a 2017, sem o devido fornecimento de bens ou serviços, em contraprestação à suposta concessão indevida de benefícios fiscais pelo Estado de Mato Grosso do Sul.

 

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Mais Recente de Blog