A vereadora Márcia Queiroz Vida (PT do B) da cidade de Água Clara foi presa na manhã desta terça-feira, 19 de dezembro, na Operação Voto de Minerva, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Ela teria pedido R$ 80 mil para intervir em processo de cassação em trâmite na Câmara de Vereadores. Além, uma pessoa que seria assessora da parlamentar e intermediou o pagamento da propina também foi presa.
A investigação foi conduzida pelo Promotor de Justiça Paulo Henrique Mendonca de Freitas e apura a prática dos crimes de corrupção passiva e tráfico de influência supostamente praticados pela parlamentar.
“Na manhã desta terça-feira, foram presas preventivamente uma Vereadora da cidade, sobre a qual pesa a grave suspeita de ter solicitado a vantagem indevida a fim de influir em procedimento interno do Legislativo, bem como a pessoa que era encarregada de abordar a vítima para solicitação da propina. Para o cumprimento dos dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão a Promotoria de Água Clara teve o apoio do GAECO”, disse o Ministério Público em nota.
Foram apreendidos, os aparelhos celulares dos alvos, bem como cumpridos mandados de busca e apreensão na Câmara de Vereadores de Água Clara e na residência dos envolvidos.
Após as prisões, a juíza Substituta de Água Clara/MS concedeu liberdade provisória às presas, fixando medidas cautelares diversas da prisão consistentes em proibição das investigadas de comunicarem-se entre si e o afastamento da Vereadora do cargo.
O Diário Digital buscou contato com a Câmara Municipal de Água Clara, mas foi informada por funcionários que a Casa de Leis só tem expediente pela manhã.
Voto de Minerva – É o que decide uma votação que de outra forma estaria empatada. O termo se refere ao episódio da mitologia grega em que a deusa Palas Atena (que corresponde à deusa romana Minerva) preside o julgamento de Orestes, um reles mortal.