Aparecida do Taboado (MS) – Depois de um domingo bastante movimentado em Aparecida do Taboado com a manifestação em prol aos caminhoneiros do Brasil, o Sindicato Rural ofereceu uma missa em ação de graças a esses motoristas que estão sendo chamados de ‘heróis’ pela maioria dos brasileiros.

A missa foi celebrada pelo pároco Diocesano, Padre Vicente Paulo Moreira Borges, no estacionamento do Posto Novo Mato Grosso, na saída para Paranaíba, onde estão concentrados cerca de 150 caminhões carregados desde o início da paralisação pelo país, na segunda-feira (21).
Emocionante, a celebração lançou luz aos caminhoneiros, que pedem a redução dos impostos, principalmente incidentes sobre o preço do combustível, além do fim da corrupção que se instalou no governo e no parlamento.

Segundo um dos coordenadores da paralisação em Aparecida do Taboado, Matusalém Zanone Queiroz, de 60 anos, ‘ carga tem sido muito pesada para os brasileiros carregar’. Ele se refere aos constantes aumentos de impostos, jogados tão duramente no colo dos brasileiros, “estamos cansados de carregar o país nas costas. A carga está muito pesada para carregarmos. Estamos aqui hoje lutando não só por nós, motoristas, mas por todos os brasileiros que vem sofrendo com estes desmandos de um governo cercado de corruptos”, falou.
Matusalém serviu às forças armadas na época em que o Brasil viveu a ditadura e é um dos ferrenhos defensores da intervenção militar. Ele acrescenta que chegou a hora dos brasileiros se unirem para mudar certas leis que só estão prejudicando a classe trabalhadora do país.

O presidente do Sindicato Rural, Eduardo Sanchez, explicou que a missa visou atender um pedido dos próprios caminhoneiros, que buscaram o apoio da entidade. Ele aproveitou a oportunidade para falar sobre o movimento: “apoiamos porque é uma junção de forças. Nós, produtores rurais, precisamos dos caminhoneiros para que levem o alimento que produzimos até a mesa dos brasileiros e eles precisam de nós para ter o sustento de suas famílias. Assim, um precisa do outro. E nós não vemos esse movimento como uma greve, mas como uma manifestação justa que busca alertar os governantes que estamos cansados de carregar este país nas costas e sermos tão pouco valorizados”, falou.



