
Como todo bom município de interior, Aparecida do Taboado reserva uma peculiaridade única: a hospitalidade. E os habitantes gostam de exercitar a prática da boa vizinhança, afinal, quem nunca ouviu falar que por aqui todo mundo se conhece? Pelas ruas, hábitos como tomar tereré ou fazer um churrasquinho em frente de casa, comprar fiado e até pegar a bicicleta do vizinho emprestada são atitudes corriqueiras no cotidiano do aparecidense graças aos seus poucos mais 25,4 mil habitantes [Censo IBGE 2018].
Hoje, dia 28 de setembro, Aparecida do Taboado celebra 70 anos. O Jornal do Bolsão e o Site Costa Leste News prepararam uma matéria interessante com dados sobre o município para ajudar você a entender o que a cidade tem de tão especial e porque ela pode sim ser considerada um bom lugar para viver. Veja:
IDHM
Com um IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) de 0,697, a cidade pode ser considerada um bom lugar para se viver. O índice considera características como renda, longevidade e educação. Os dados são do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) e situam o município na faixa de Desenvolvimento Humano Médio.

EDUCAÇÃO
A Educação vem se tornando referência e acaba de alcançar a média de 6.0 no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), superando a média nacional que foi de 5.6. A Escola Municipal João Alves Lara foi destaque e alcançou a média 7,4, ultrapassando, inclusive, a meta proposta para o município em 2021 que era de 6.1.
Aparecida do Taboado foi destaque estadual, ficando à frente até da Capital, que teve média 5.7. Na região, o município ultrapassou Selvíria (5.4), Paranaíba (5.4), Inocência (5.7) e Três Lagoas (6.1), ficando atrás apenas da cidade paulista de Santa Fé do Sul, que obteve média 7.0.
SAÚDE E SEGURANÇA
Já a saúde e a segurança pública tem sido uma das maiores preocupações dos moradores. Na primeira, a rotatividade, a falta de médicos, a carência [e a demora] de exames e a infraestrutura, principalmente no Pronto Socorro, são algumas das denúncias feitas diariamente pelos aparecidenses. Em contrapartida, é aplicado mensalmente quase meio milhão de reais na Fundação Estatal de Saúde – FESAT, que mantém em funcionamento o principal hospital da cidade. Desse total, R$ 315 mil são oriundos de recursos próprios do município; o restante é proveniente de repasses do Governo Federal (R$ 75 mil) e Estadual (R$ 79 mil). Além disso, o município ainda disponibiliza seis unidades de Estratégia da Saúde da Família (ESF) e um Centro de Especialidades Médicas (CEM).
A taxa de mortalidade infantil também é um indicativo positivo dos serviços de saúde da cidade. Informações do Ministério da Saúde mostram que o município tem uma das menores taxas de mortalidade entre crianças menores de cinco anos a cada mil nascidos vivos: 8,65. Segundo o IPEA, em 1991 a taxa era de 31,5, uma redução de 72,5%.
Já na segurança pública, o baixo número de efetivo, especialmente na Polícia Militar, e o aumento nos casos de furto e roubo [inclusive à mão armada], são as principais queixas. Este assunto já rendeu audiências públicas e é um dos principais problemas da cidade. No entanto, esporadicamente, acontecem operações com o apoio de várias forças policiais para coibir a prática delituosa. A última aconteceu no mês passado com foco no tráfico de drogas.
RENDA E ECONOMIA
Aparecida do Taboado também é considerada uma cidade desenvolvida socioeconomicamente. No Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal, que acompanha mais de 5 mil municípios brasileiros, a cidade está posicionada como a 19ª com o melhor índice de desenvolvimento – 0,745 – no Estado, ficando à frente de Paranaíba (33ª posição), Bonito (37º), Ponta Porã (54º) e Inocência (57º), por exemplo. Neste ranking, São Gabriel do Oeste ocupa a 1ª posição com 0,840.
O Ipea aponta que a renda per capita média do aparecidense cresceu 83,89% nas últimas duas décadas, passando de R$ 376,74, em 1991, para R$ 453,43, em 2000, e para R$ 692,79, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,26%. A taxa média anual de crescimento foi de 2,08%, entre 1991 e 2000, e 4,33%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 28,75%, em 1991, para 19,28%, em 2000, e para 6,02%, em 2010. Atualmente, segundo o IBGE, o salário mensal dos trabalhadores formais subiu para 2 salários mínimos (R$ 1.908,00).
HABITAÇÃO
Considerada uma das cidades sul-mato-grossenses mais arborizadas, Aparecida do Taboado, assim como grande parte dos municípios de Mato Grosso do Sul, inclusive a Capital Campo Grande, chama a atenção mesmo é no período de floração dos ipês, árvore-símbolo do Estado. Hoje, a cidade tem 96,2% de áreas arborizadas, conforme aponta o IBGE.
Quanto às moradias, o IPEA aponta que 99,23% da população possui serviço de água encanada e 99,9% dispõe de energia elétrica, enquanto o IBGE diz que apenas 15,6% dos moradores possuem sistemas de esgotamento sanitário adequado.
APARECIDA DO TABOADO TEM CONDIÇÕES DE CRESCER?
Não só tem, como está crescendo muito. A cidade registrou aumento populacional de 47% nos últimos 10 anos. Em razão disso, os loteamentos urbanos têm aumentado cada vez mais. Enquanto em 2000 a cidade tinha uma população de 18.402 habitantes, o número aumentou 1,95% na taxa média anual, passando para 22.320 em 2010, enquanto no Brasil foi de 1,17% no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de 85,01% para 90,04%. Hoje, a estimativa atual é de que Aparecida do Taboado tenha 25.431 habitantes, segundo o IBGE.
O número de loteamentos urbanos também tem aumentado consideravelmente, tanto particulares quanto os criados pelo Poder Público através de programas sociais do Governo. Somente nos últimos 3 anos e oito meses, a Prefeitura, em parceria com o Governo do Estado, entregou 427 casas populares, conforme afirmou o governador Reinaldo Azambuja em sua visita ao município no início deste mês.

