Aparecida do Taboado (MS) – O grupo de 28 médicos que se uniram para cobrar melhorias à saúde pública local anunciou hoje (28) o cancelamento da paralisação nos atendimentos à Fundação Estatal de Saúde (Fesat), que aconteceria a partir desta sexta-feira, dia 30 de novembro.
O grupo firmou acordo com a Secretaria Municipal de Saúde e a direção da Fesat, que se comprometeram em atender às reivindicações da classe, tais como a regularização da remuneração dos honorários médicos, que em alguns casos chega a completar 6 meses de atraso; atualização da listagem de medicações padronizadas; respaldo aos médicos plantonistas com disponibilização de exames de imagem (ultrassom e tomografia computadorizada) de maneira mais ágil; conserto imediato das ambulâncias (que apresentam falhas mecânicas e estruturais).
Segundo o cardiologista Dr. José Lima, um dos principais articuladores, a maioria dos profissionais optou por dar mais esse voto de confiança à Administração e à Fesat, principalmente porque a população seria a maior prejudicada caso a paralisação fosse concretizada, “e o intuito dos médicos é justamente o contrário, é ofertar melhores condições de atendimento à população e não a privar dele”, afirmou.
No entanto, o documento contendo o compromisso dos órgãos gestores em sanar as deficiências apontadas, que foi recebido ontem (27) pelo grupo, já foi encaminhado ao CRM e ao Ministério Público Estadual, que poderão tomar medidas aleatórias à decisão dos profissionais que, por sua vez, ficarão atentos ao cumprimento de cada uma das reivindicações.
Em reunião realizada com os médicos no último dia 23, o secretário de Saúde, Márcio Galdino, garantiu que a Administração tem se empenhado em solucionar as questões apontadas e destacou que os repasses feitos pelos entes federativos (Município, Estado e União) à Fesat, que somam cerca de R$ 469 mil/mês, estão todos em dia.
No entanto, segundo ele, o déficit do hospital atualmente é de cerca de R$ 61 mil por mês – e isso inclui o pagamento de alguns profissionais. Para resolver essa carência, o secretário disse que uma alternativa seria aumentar o repasse do Município para o hospital, que hoje é de R$ 315 mil/mês, o que pode acontecer já no início de 2019, “eu propus que a Administração envie projeto de lei à Câmara para aumentar esse repasse porque acredito que assim nós conseguiremos quitar as pendências e melhorar o atendimento aos profissionais e à população”, falou.
