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?Há mais de 20 dias sem água, Terminal Rodoviário vira motivo de revolta para usuários

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      Aparecida do Taboado (MS) – A Câmara Municipal aprovou na noite desta segunda-feira (20) durante sessão ordinária mais uma convocação ao prefeito municipal. Dessa vez, o chefe do Executivo terá que prestar esclarecimentos com relação ao Terminal Rodoviário “Antônio Vicente de Queiroz”. No documento, aprovado por unanimidade pela Casa, o vereador autor Ronaldo Néris de Jesus cobra providências do Executivo e lista uma séries de problemas, como a falta de água que dura mais de 20 dias; estrutura comprometida com rachaduras na parte de alvenaria e umidade nas paredes, com risco de desabamento; piso afundando e com várias rachaduras; instalações hidráulica e elétrica comprometida, inclusive com o perigo de incêndio; bomba de água queimada e sanitários lacrados; falta de limpeza em todo o terminal, com salas e depósitos com muita sujeira e falta de higiene; bancos/assentos quebrados; infestação de pombos e mau cheiro no local.

      Nossa equipe foi até o local e ouviu dos usuários do Terminal Rodoviário vários relatos sobre o péssimo estado de conservação do prédio, que já soma 22 dias sofrendo com a falta de água. Comerciantes e funcionários que trabalham no local estão tendo que ‘se virar’ quando precisam tomar água ou utilizar o banheiro, pois o bebedouro e os sanitários do terminal estão isolados. Quem não consegue ir até em casa acaba apelando para os estabelecimentos comerciais no entorno.

      Os usuários ainda reclamam da estrutura do forro, que está totalmente danificada; da infestação de aves e de um dos problemas mais antigos do local: o rebaixamento do piso, que está cedendo cada dia mais, principalmente próximo aos banheiros, afetando especialmente a única lanchonete do terminal.

      Com a escassez de água – que piorou no sábado (18), quando a bomba queimou e água definitivame foi cortada – os comerciantes estão tendo que trazer água de casa e armazená-la em galões ou tambores, principalmente para uso doméstico. Já o piso da rodoviária está sendo lavado com o auxílio do caminhão pipa da Prefeitura, mas, segundo os usuários, não acontece diariamente e as fezes dos pombos passam a se tornar outro problema.

      Alemão, dono da lanchonete, diz que o movimento no seu estabelecimento caiu 90% e ele está se sentindo completamente prejudicado, “eu não estou aqui de graça, eu pago aluguel para a prefeitura. Me sinto lesado”, comenta ele, que espera que as autoridades tomem providências urgentemente. Indignado, ele diz que a situação é caótica e com a falta de água só piorou as coisas.

      Segundo a responsável pelo local, Maria Martins, a situação já está sendo solucionada pela atual Administração que, segundo ela, herdou muitos problemas causados em gestões anteriores, “mesmo assim, eu entendo a situação das pessoas que trabalham ou passam por aqui. Está mesmo difícil, mas a Prefeitura já está tomando as providências necessárias”, explica.

      Procurado por nossa equipe nesta quarta-feira (22), o secretário de Administração, Jary Augusto Silva, explicou que será feito um contrato emergencial para resolver o problema da falta de água que, segundo ele, envolve a troca da bomba e o concerto do vazamento que atinge os banheiros. O secretário reconheceu que o terminal precisa ser reformado de forma geral, mas disse que tal obra deve consumir mais de meio milhão de reais, o que a torna inviável para o município neste momento, apesar de necessária, “então, eu já adianto que tomaremos as providências, mas serão medidas paliativas e, ainda assim, precisamos respeitar os trâmites burocráticos”, o que significa que a Prefeitura não tem previsão para a conclusão do serviço, mas segundo ele deve acontecer em uma semana.

      Nossa equipe conversou com alguns passageiros na manhã desta quarta-feira e eles lamentaram a situação, relatando que ‘a rodoviária está em estado de abandono’. Duas senhoras que vieram de Fernandópolis-SP e aguardavam ônibus para Barra do Garsa-MT disseram que os banheiros fechados e o bebedouro isolado trazem grandes prejuízos às pessoas que estão de passagem pela cidade e não têm onde recorrer em caso de emergência.

      O Terminal Rodoviário funciona com embarque e desembarque das 6h às 23h, e abriga atualmente 5 empreendimentos comerciais, entre lanchonete, farmácia e lojas de acessórios, bem como 3 guichês de empresas de transporte de passageiros, com linhas interestaduais (Viações Lopes Sul, São Luiz e Itamaraty). No local ainda trabalham mais 6 funcionários públicos (5 concursados e 1 comissionado) e 4 taxistas, totalizando 25 pessoas.

 

 

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