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?Saúde alerta sobre baixo índice de vacinação contra gripe em vário municípios do MS

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      Campo Grande (MS) – A menos de uma semana do término da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza (popularmente conhecida como gripe), o índice de cobertura vacinal em Mato Grosso do Sul está abaixo do esperado, atingindo 67,75% da população alvo, que é de 791.397 integrantes dos grupos prioritários, segundo dados levantados até quinta-feira (23). A Secretaria de Estado de Saúde (SES) já distribuiu 849 mil doses aos municípios, das 859,5 mil recebidas do Ministério da Saúde.

      Segundo dados divulgados SES, até a última quinta-feira, apenas 772.180 sul-mato-grossenses foram tomar a vacina. Embora a campanha esteja prevista para terminar na próxima sexta-feira (31), alguns municípios estão com índice de cobertura ainda menor do que o total atingido pelo Estado. A meta em âmbito estadual é chegar a pelo menos 90% dos integrantes da população-alvo.

      O alerta foi feito na reunião da Comissão Intergestores Bipartite, que reúne mensalmente secretários de saúde e técnicos da Secretaria de Estado de Saúde e aconteceu sexta-feira (25.5). “Faço um apelo para que os gestores municipais intensifiquem as ações de conscientização dos grupos prioritários, a fim de que possamos, nesses poucos dias que restam da campanha nacional, levar as pessoas a procurarem as unidades de saúde para tomarem sua dose de vacina”, salientou o secretário estadual de Saúde Geraldo Resende. 

 

Grupos

      Entre os grupos que estão com cobertura vacinal baixa, destacam-se os integrantes da população privada de liberdade, que alcançaram apenas 33,43%. Neste caso, a população alvo é de 10.510 pessoas, porém receberam a dose apenas 5.054. Curiosamente, os componentes das forças de segurança e salvamento (policiais civis, policiais militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas), que ficaram com o índice de 48,09%, estão em segundo lugar no ranking de vacinação baixa. A população-alvo deste grupo foi de 10.510 indivíduos, tendo sido vacinados 5.054 componentes.

      Dos grupos estabelecidos como prioritários, os idosos são os que atingiram o melhor índice de cobertura vacinal, chegando a 81,31%. Dos 244.384 integrantes da população-alvo, 198.705 receberam a dose. As puérperas (mulheres no período até 45 dias após o parto) vêm a seguir, com 72,53% da meta de 5.231 mulheres, as quais receberam 3.794 doses. Outro grupo que teve cobertura vacinal maior, porém ainda quase 20% menor do que a meta, são as crianças de seis meses a menos de seis anos: foram 152.182 doses aplicadas de um total previsto de 218.156 crianças – o índice foi de 69,76%.

      Os professores de Mato Grosso do Sul também estão com cobertura bem abaixo da meta: neste grupo, a população alvo é de 34.382 profissionais, porém apenas 23.878 deles se vacinaram, o que representa 69,45% do esperado. Pessoas com comorbidades (doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais), que totalizam 102.037 pacientes, receberam 64.284 doses da vacina, ou seja, atingiram 63% da meta.

      Com relação aos indígenas, até o dia 23.5, somente 47.934 foram vacinados, representando 62,59% deste grupo, embora haja uma expectativa de que, ao final da campanha, sejam vacinadas 76.590 pessoas. Em índices de cobertura, as gestantes vêm a seguir, com população-alvo de 31.831 pessoas e 19.640 doses administradas, perfazendo 61,7%.

      Outra curiosidade da campanha nacional é que os profissionais da saúde também estão com cobertura vacinal muito baixa em diversos municípios do Estado, perfazendo apenas 61,4% do total esperado. Neste grupo, a população alvo é de 59.569 trabalhadores, porém apenas 36.576 procuraram se vacinar.

 

Municípios

      A cobertura vacinal nas regiões de Mato Grosso do Sul apresenta algumas distorções, havendo necessidade de um engajamento muito maior da população para procurarem se proteger da influenza. Na macrorregião de Campo Grande, a capital é uma das cidades onde a cobertura vacinal está muito aquém do esperado, com índice de cobertura em 55,85%. Jaraguari é outra cidade com vacinação baixa: 57,32% da meta.

      Paraíso das Águas é o município que mais do que dobrou a cobertura prevista, com 267,57% atingido; Bandeirantes alcançou mais do que o total esperado, com 100,63%. Os demais municípios da macrorregião de Campo Grande estão com a seguinte cobertura: Camapuã (83,22%), Chapadão do Sul (90,87), Corguinho (71,59%), Costa Rica (88,98%), Figueirão (82,9%), Maracaju (63,22%), Nova Alvorada do Sul (70,5%), Ribas do Rio Pardo (70,72%), Rio Negro (74,98%), Rochedo (79,70%), São Gabriel do Oeste (83,08%), Sidrolândia (78,54%) e Terenos (67,69%).

      Na macrorregião de Aquidauana, o Município de Miranda também está com cobertura muito baixa, de apenas 55,8%. Nas demais cidades, os percentuais são os seguintes: Anastácio, 66,15%; Aquidauana, 64,14%; Bodoquena, 80,66%; Dois Irmãos do Buriti, 96,19%; e Nioaque, 81,34%.

      Ladário, na macrorregião de Coxim, está com a cobertura próxima da meta, chegando a 87,69%; Corumbá atingiu 72,68%, enquanto Sonora chegou a 85,52%; Alcinópolis, 77,33%; Coxim, 79,04%; Pedro Gomes, 69,16%; e Rio Verde, 74,24%. A regional de Jardim apresenta os seguintes números: Bela Vista, 69,39%; Bonito, 73,51%; Caracol, 76,37%; Guia Lopes da Laguna, 74,38%; Jardim, 88,66%; e Porto Murtinho, 75,51%.

      Laguna Carapã, na macrorregião de Dourados, é o município com a menor cobertura vacinal em Mato Grosso do Sul: apenas 41,76%. Na mesma região, Douradina também está longe da meta, com 59,52%. Os demais municípios desta região estão com as coberturas a seguir: Caarapó, 66,98%; Deodápolis, 81,44%; Dourados, 75,76%; Fátima do Sul, 72,82%. Glória de Dourados, 88,2%; Itaporã, 79,62%; Jateí, 91,99%; Rio Brilhante, 70,1%; e Vicentina, 80,2%.

 

A doença

      A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar ao agravamento e à morte, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção.

      A composição da vacina contra a gripe é estabelecida anualmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com base nas informações recebidas de laboratórios de referência sobre a prevalência das cepas circulantes.

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