Com o tema “Não ao trabalho infantil. Sim à educação de qualidade”, o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) lembra o “Dia Contra o Trabalho Infantil”, comemorado nacionalmente no dia 12 de junho.
De acordo com a coordenadora do CREAS, Cláudia Mascarenhas, é preciso “enfrentar para erradicar”. O termo “Trabalho Infantil” tem a ver com as atividades econômicas e/ou de sobrevivência, com o objetivo ou não de obter lucro, realizadas por crianças e adolescentes em idade abaixo de 16 anos.
A psicóloga do CREAS, Anna Carolina Batalha, explicou que até 13 anos é totalmente proibido que a criança possa desenvolver qualquer atividade considerada trabalho; crianças de 14 e 15 anos podem exercer funções como “Aprendizes”, para isso é necessário um registro legal; de 16 a 17 anos é permitido como empregado, aprendiz, estagiário ou autônomo, no entanto são proibidas atividades noturnas, perigosas, insalubres ou prejudiciais à formação moral, psicóloga ou intelectual.
“As crianças estão em formação física e psicológica e não possuem os ossos e músculos desenvolvidos por completo. Elas correm mais risco de deformação nos ossos, de prejuízos ao crescimento e desenvolvimento, além de muito cansaço muscular, por isso não devem trabalhar”, explicou.
Além disso, ainda conforme Anna Carolina, as pressões do mundo do trabalho podem provocar diversos sintomas indesejáveis, como: insônia, tontura, dores de cabeça, dificuldade de concentração e memorização, muita irritabilidade e até taquicardia. “Além desses sintomas ocorrem também alterações psicológicas como: tristeza, insegurança e medo, causados na criança porque o sistema nervoso não está completamente desenvolvido”, completou.
O CREAS lembrou ainda que as consequências do trabalho precoce na saúde da criança e do adolescente são também responsáveis pelo baixo rendimento escolar, e tira a oportunidade de estudar, brincar e aprender. “Sua vida profissional futura é prejudicada além de impedir de gozar de boa saúde na fase adulta e na velhice, e ainda ter uma vida marcada pela falta de condições de sobrevivência digna”, concluiu a psicóloga.