Campo Grande (MS) – A quatro meses do início, a legislação da Cota Zero em Mato Grosso do Sul tem apoio do biólogo Richard Rasmussen, recém nomeado embaixador do turismo do Brasil pelo presidente Jair Bolsonaro. A normativa estadual proíbe a captura e o transporte de peixes nativos nos rios a partir de 2020.
Rasmussen falou sobre sua relação com a pesca em Campo Grande, enquanto participava das atividades do Rally dos Sertões. “Vou a Miranda pescar desde que tinha 10 anos”, contou. Segundo o biólogo, a quantidade de peixes nos rios diminuiu ao longo das décadas e a aplicação da Cota Zero se tornou fundamental para a preservação das espécies.
“Sou um defensor da Cota Zero, que ainda preserva o direito do pescador profissional e do ribeirinho, que tem seu direito de sobrevivência”, afirmou o embaixador. Para ele, além de auxiliar na conservação, a medida contribui para o turismo em Mato Grosso do Sul e no Brasil.
Ao ser nomeado embaixador do turismo do País, em agosto deste ano, Rasmussen revelou que vai trabalhar para mudar o “eixo vicioso de turismo brasileiro” e levar mais turistas para conhecer as florestas tropicais brasileiras, a biodiversidade do Pantanal e a costa do país.
Desde que foi anunciada pelo Governo do Estado, a Cota Zero vem recebendo apoio de diversos segmentos da sociedade civil. As associações de pesca esportiva do Pantanal (Apep) e de Três Lagoas (Apetl) já declararam apoio à medida. O canal Fish TV News, especializado em pesca esportiva na América Latina, também.
Em junho deste ano, o governador Reinaldo Azambuja também anunciou o apoio do cantor Zezé Di Camargo, da dupla com Luciano, a normativa sul-mato-grossense. Na época, o gestor revelou a realização de uma campanha pró Cota Zero com “um grande conjunto de pessoas que defendem a preservação ambiental como legado para o futuro”.
Tendência mundial para preservação de peixes de água doce, a cota zero para algumas modalidades de pesca já é realidade em diversos estados brasileiros. Entre eles Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins. Outros modelos de proibição da pesca também são adotados em países como Argentina, Chile e Estados Unidos, além de nações da Europa.