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?Estatais de MS lucram mais de R$ 100 milhões

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      Campo Grande (MS) – Na contramão do que acontece em outros estados, as estatais em Mato Grosso do Sul, além de atender à população, geram lucro e dividendos que são usados em áreas essenciais, como saúde, segurança e educação. Em 2018, juntas, essas empresas sul-mato-grossenses tiveram lucro líquido de R$ 108,227 milhões.

      O resultado coloca Mato Grosso do Sul em um seleto grupo de três estados que receberam mais recursos das estatais do que transferiram, segundo painel do Tesouro Nacional. Os outros estados na mesma situação são Rio Grande do Sul e Sergipe.

      Desde 2015, a MSGÁS multiplicou por cinco o número de clientes, de cerca de 2 mil para 10 mil, e a Sanesul ampliou em 1.350 quilômetros a rede de água e 1.249 quilômetros da rede de esgoto e já atende 590 mil consumidores (558,6 mil residenciais, 30 mil comerciais e 1,4 mil industriais) em 68 municípios e 61 distritos no Estado.

      “A política de expansão da Sanesul é de buscar sempre a universalização dos seus serviços. Hoje já atingimos a universalização com os serviços de água e devemos avançar na coleta tratamento e destinação final com esgotamento sanitário nos municípios que operamos”, explicou o diretor de Administração e Finanças, André Luis Soukef Oliveira.

 

MSGÁS

      Para o diretor-presidente da MSGÁS, Rudel Espíndola Trindade Junior, os números da distribuidora de gás natural são resultados de um trabalho de gestão, que busca otimizar as compras, reduzir os gastos e vê o lucro como uma obrigação das empresas estatais.

      “Quebramos paradigmas. Estamos tendo lucro todos os anos. Com isso, pagamos dividendos que são usados para obras prioritárias, escolas, saúde e segurança. É um círculo virtuoso, fruto de uma metodologia moderna de gestão”.

      Os recursos vindos das estatais ajudam o Estado a enfrentar o período de crise. Uma das mudanças implementadas para conseguir esse resultado foi no processo de compra.

      “Trabalhamos com o apoio da Controladoria Geral do Estado (CGE) e nas nossas licitações conseguimos uma economia de 30% porque aprimoramos os mecanismos de licitação e os fornecedores sabem que vão receber em dia”, afirmou Rudel.

Com medidas como essa, a expectativa da sociedade de economia mista é de ter lucro recorde neste ano.

 

BRASIL

      O cenário nacional, no entanto, é muito diferente. Painel divulgado pelo Tesouro Nacional mostra que os estados tiveram prejuízos de cerca de R$ 14 bilhões no ano passado com empresas estatais estaduais.

      Em 2018, os governos locais repassaram R$ 16,1 bilhões a empresas públicas, entre reforço de capital e subvenções, mas receberam apenas R$ 2,2 bilhões em dividendos. Do total de estatais analisadas, 43,4% tiveram prejuízo em 2018.

 

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