Aparecida do Taboado (MS) – Construída com tecnologia holandesa e com quase 4km de comprimento, a Ponte Rodoferroviária, que liga Mato Grosso do Sul ao Estado de São Paulo, é a maior ponte fluvial brasileira e possui estrutura moderna pouco comparada ao redor do mundo. Ela foi construída em 1998 com recursos da União e custo aproximado de R$ 800 milhões de reais.
Para a exploração comercial, a ponte acabou ‘dividida’. A parte ferroviária ficou com a iniciativa privada, por concessão, e a rodoviária a cargo do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), órgão do governo federal com a função de manter rodovias, ferrovias e hidrovias.
Em 2014, o Dnit tentou delegar à iniciativa privada a manutenção da obra, mas o MPF considerou falha a justificativa de cobrar uma tarifa de R$ 2,50. Depois, o Governo Estadual assumiu a manutenção da ponte e, na época, chegou a anunciar que abriria licitação para concessão por 20 anos e que isso resultaria na cobrança de pedágio. No entanto, manifestações contrárias à iniciativa e a troca de governo tiraram o assunto da pauta.
Apesar de necessitar de manutenção constante, principalmente no pavimento, sinalização, limpeza e iluminação (esta última nem existe mais porque toda a rede de cabos que abasteciam a ponte foi furtada), o local ainda é um dos principais cartões postais do município e um dos pontos turísticos mais visitados de Aparecida do Taboado pela beleza e modernidade da obra. No entanto, não oferece nenhum ponto de acesso seguro para visitação. Também se tornou cenário cenográfico perfeito para ensaios fotográficos de casais, gestantes ou familiares. É ainda comum ver turistas parados no acostamento, registrando a passagem pela ponte. Alguns até se arriscam a descer o barranco para conhecer de perto a ferrovia e ver a estrutura de baixo para cima. No entanto, há placas indicando a proibição.
A vista para a Ponte Rodoferroviária ainda valorizou os imóveis à beira do Rio Paraná, além de trazer beleza aos empreendimentos particulares e comerciais da região, se tornando mais um importante ponto de referência de Aparecida do Taboado, que completa hoje 71 anos de emancipação política e se orgulha da obra.



