Santa Fé do Sul (SP) – As alunas Bruna Pontel de Lima, Francis Laura de Souza Barbosa e Miriã Hauck Macedo Dal Ri, do curso de Pedagogia do Centro Universitário de Santa Fé do Sul – Unifunec, sob orientação da Prof. Me. Amélia de Lourdes Nogueira da Fonseca, estão desenvolvendo o projeto de pesquisa Atuação do Profissional Pedagogo Hospitalar. Este estudo tem como objetivo responder as seguintes questões: qual o papel do pedagogo no desenvolvimento da aprendizagem de crianças internadas para tratamento em período de longa internação e Como é desenvolvido o trabalho do pedagogo em classes hospitalares dentro Hospital de Câncer Infanto-juvenil de Barretos-SP.
“O estudo vislumbra a Pedagogia Hospitalar como uma alternativa para a educação ultrapassar os métodos tradicionais do professor, aluno, sala de aula, tendo em vista que esta, busca dentro da educação formas eficazes de apoiar as crianças dentro da ala hospitalar e promover um atendimento pedagógico em que o paciente é auxiliado no seu processo de recuperação. O trabalho realizado dentro do ambiente hospitalar pelos pedagogos é um desafio, pois, desenvolve um trabalho solidário, auxiliando os pacientes que se ausentaram da rotina escolar por conta de tratamento. Esta prioriza o princípio de atendimento personalizado para cada educando, oferecendo uma proposta pedagógica referente a cada nível de escolarização, respeitando sempre as alterações no quadro médico do paciente”, explicou a orientadora.
Após o trabalho de pesquisa bibliográfica que deu sustentação ao estudo foi realizada uma pesquisa de campo in loco.No primeiro momento, as alunas observaram as instalações e a separação de ambientes. O Hospital contém dois tipos de trabalhos pedagógicos; um dentro da ala hospitalar no Hospital de Amor, e outro, em classe hospitalar, no Lar de Amor.
A pesquisa deu-se dentro do Lar de Amor, que é um pavilhão ligado ao Hospital. “Dentro deste espaço encontra-se uma ampla estrutura, com salas de aula com uma boa iluminação, áreas ventiladas e decoradas, criando um ambiente receptivo e acolhedor para as crianças em período de longa internação. Existe, também uma brinquedoteca com diversos brinquedos pedagógicos e muitos outros para receber crianças com faixa etária de 0 a 12 anos, proporcionando a eles a liberdade de escolhas,a aprendizagem e o lazer; uma adoleteca frequentada por adolescentes para a diversão e socialização durante a estadia no hospital, enfim, para a humanização”, explicaram as alunas.
No ambiente hospitalar, o profissional pedagogo tem uma rotina diferente; mantém o respeito pela fase de tratamento do paciente. No primeiro momento é estabelecido um elo de presença entre o educador e o enfermo para a coleta de informações como: idade, ano escolar, cidade de origem, estabelecendo vínculos para melhor aproveitamento no estudo. O trabalho pedagógico é feito de forma mais simples por meio de desenhos, atividades, ou leitura, respeitando sempre as dificuldades e as condições de tratamento. Uma vez, concluído o tratamento a criança volta para sua escola de origem, dando, assim, continuidade aos seus estudos.
“Concluímos nossas observações junto ao Hospital Infanto-juvenil de Barretos de forma satisfatória e podemos, assim, dar continuidade ao trabalho acadêmico com o rigor científico. Agradecemos aos colaboradores do hospital pela atenção e carinho com que fomos recebidas”, concluíram as acadêmicas.