Aparecida do Taboado (MS) – Na manhã deste sábado (01), o grupo SOS Rio Paraná contou com o apoio de representantes da população aparecidense e lideranças políticas em mais um manifesto, desta vez na rotatória do Loteamento Lago Azul com o Anel Viário (próximo à propriedade do sr. Orestes), marcando posição contra local do emissário de esgoto instalado pela Sanesul às margens do Rio Paraná.

Quem sintetizou a ação e falou em nome do grupo foi uma das principais lideranças, Leila Mussi, que é veterinária, auditora fiscal aposentada e dona de uma propriedade turística na margem direita do Rio Paraná.
Leila disse que desistir dessa luta não é uma opção e que o grupo está em constante vigília acompanhando os movimentos da Sanesul que, segundo ela, de forma agressiva e arrogante continua prosseguindo com as obras do emissário, mesmo sabendo que a população aparecidense e dos municípios de Mato Grosso do Sul e São Paulo localizados nas margens do Rio Paraná são contra despejar esgoto no lago da represa da Hidroelétrica de Ilha Solteira sem o devido tratamento.

“O movimento de hoje é uma continuação dos nossos requerimentos que tratam da mudança do ponto do lançamento do emissário, da instalação do tratamento terciário e que o tratamento garanta que o Rio Paraná não será poluído”, afirmou Leila.
Leila apresentou como exemplo os exames da água coletada no Córrego Rondinha, onde hoje é despejado o esgoto, para afirmar que o tratamento não cumpre a função de garantir que não haverá poluição no Rio Paraná.
Os membros do grupo SOS Rio Paraná são unânimes em afirmar que não irão aceitar despejar esgoto no Rio Paraná naquele local por se tratar de uma área de balneários, onde a água é parada e poderá inviabilizar a utilização daquele local, que é o cartão postal do município e o principal local de lazer da população local e visitantes.

Além do apoio popular, Leila explicou que o Ministério Público Federal acatou a denúncia do Grupo SOS Rio Paraná, “a Justiça Federal entendeu que há problema e que a população não está reivindicando um absurdo, mas o que é de direito: proteger uma região de balneários”, explicou ela.
A manifestação foi reforçada pela presença de proprietários de imóveis instalados às margens do Rio Paraná e dos vereadores Moysés Chama e José Natan de Paula.

