Levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que ao menos 6,5 mil pedidos do auxílio emergencial, em Mato Grosso do Sul, possuem alguma irregularidade. O número pode ser ainda maior, pois o trabalho não considerou informações mais atualizadas que envolvem funcionários públicos estaduais e municipais, que, conforme a Controladoria-Geral da União (CGU), são mais de 4 mil.
Em todo o país são ao menos 620 mil pedidos dos R$ 600 suspeitos de fraudes. Por causa disso, o TCU decidiu que vai enviar ao Ministério Público Federal (MPF), os casos mais graves de irregularidades. A partir daí, as pessoas que receberam o auxílio sem ter o direito poderão ser responsabilizadas judicialmente.
O relatório do TCU aponta ainda que a principal fraude pode estar ligada a beneficiários do INSS. Ou seja, pessoas que recebem pela Previdência Social e, mesmo assim, buscaram o auxílio dos R$ 600, o que não é permitido.
São 3.381 pedidos de pessoas que recebem pelo INSS; outros 1.824 de quem recebe benefício emergencial; 467 de servidores e pensionistas federais; 396 de quem recebe seguro desemprego; 208 com nomes de pessoas já falecidas e 157 de quem tem renda superior ao limite.
Conforme o relatório, seis estados e o Distrito Federal tiveram menos irregularidades que Mato Grosso do Sul. Quem conseguiu o benefício de forma irregular pode devolver os valores através de guia de recolhimento da união, uma espécie de boleto. Com isso, o valor recebido volta à União.
Devolução
O governo federal lançou no dia 18 de junho um site para facilitar a devolução do auxílio emergencial de R$ 600 por quem recebeu o dinheiro, mas não tinha direito ao benefício.
Segundo o Ministério da Cidadania, o interessado deverá acessar o site e inserir o CPF cadastrado no auxílio. O sistema vai gerar uma Guia de Recolhimento da União (GRU), que poderá ser paga no Banco do Brasil.