Publicado em agosto, o livro ‘Pobres Livres nos Sertões do Sul de Mato Grosso: Santana do Paranahyba séc. XIX’, escrito pela professora de história Cassia Queiroz da Silva, foi a realização de um “projeto antigo adormecido”.
Nascida em Sorocaba-SP, a professora, que viveu a maior parte de sua vida em Aparecida do Taboado e atualmente reside em Araçatuba, interior de São Paulo, contou ao Costa Leste News que a publicação do livro aconteceu após ela tomar conhecimento de um edital que selecionava trabalhos para serem publicados, “vi aí uma oportunidade e comecei as adaptações no texto. Por fim, a minha proposta acabou não se enquadrando no edital; então, eu procurei a editora CRV que aceitou a proposta e publicou meu trabalho”.
Segundo a autora, o livro contempla a dissertação de mestrado dela, que foi adaptada com o objetivo de propor um estudo de história da região com foco no povo simples. A publicação analisa os modos de vida e trabalho de homens e mulheres pobres livres que viveram no sul da província de Mato Grosso no século XIX, especialmente em Sant’Anna do Paranahyba, território que hoje abriga a cidade de Paranaíba-MS.
Quando questionada sobre a escolha do tema, Cassia comentou sobre sua curiosidade a respeito da história da região em que nasceu. “Durante a adolescência eu li ‘Inocência do Taunay’ e fiquei maravilhada ao reconhecer as paisagens que eu conhecia na escrita dele. Já na faculdade, durante o trajeto entre Aparecida do Taboado e Três Lagoas, eu ia contemplando a paisagem da janela pela BR-158. Então, esse tema foi uma escolha muito espontânea e particular para mim”.
A aparecidense não deixa de lado a importância da Educação em sua trajetória e destaca que o tema é sua bandeira de vida. A professora relembra as oportunidades que obteve através do ensino público e reitera que apesar das limitações e dificuldades, a Educação é um dos principais caminhos para a redução de desigualdades.
Por fim, a autora agradece todo o apoio que recebeu, pois segundo ela, essa realização não seria possível sozinha, “aos estudantes: todos sabemos que uns têm mais oportunidades de estudo, outros menos, a respeito disso, agarrem todos eles. Mesmo com todas as limitações, a escola pública é um caminho, é uma porta aberta, por vezes única, então valorizem, defendam, usufruam ao máximo de suas possibilidades”, orienta aos nossos leitores.
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