Durante fiscalizações em açougues de Inocência, cidade a 339 km de Campo Grande, a Polícia Civil flagrou dois deles vendendo carnes impróprias para o consumo. Até moscas e baratas foram encontradas em produtos, na quarta-feira (24). A fiscalização apreendeu 703 quilos de carne, que foram descartadas.
De acordo com a Decon (Delegacia de Inocência e Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) e a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), a fiscalização ocorreu após serviço de inteligência constatar que a carne vendida à comunidade era fruto de abate clandestino, sem observação das medidas sanitárias obrigatórias.
No primeiro local, na região central da cidade, a polícia apreendeu 668 quilos de carne, sendo 492,20 quilos de bovina e 146,17 quilos de suína. A carne era obtida de maneira irregular e de origem desconhecida, sem qualquer selo de inspeção. O dono, de 60 anos, disse que compra o produto de uma propriedade rural, mas não tinha nota fiscal.
O responsável técnico da Iagro constatou que em virtude de a carne suína não ter procedência, houve uma contaminação cruzada nas carnes bovinas que estavam em contato com a suína, sendo feito o descarte dos produtos. “Ainda durante a fiscalização, foi constatado que aos produtos eram armazenados de maneira irregular e estavam fora da temperatura adequada”, diz o boletim de ocorrência. Ainda, o proprietário informou que buscava a carne suína em seu veículo sem refrigeração.
No segundo local, a polícia apreendeu 35 quilos de carne imprópria. “Salientando que a higiene foi fator agravante na fiscalização, já que se encontrou baratas a luz do dia passeando pelos alimentos”, diz a polícia. Os dois comerciantes foram presos em flagrante.