Em 2005, 2006 e 2007, nossa história aconteceu. Montamos uma equipe com atletas da cidade e alguns que jogavam em Santa Fé do Sul, com o auxílio de Gustavo Neira, que também integrava aquele time. Participaram Rogério (goleiro), Renan, Rabicó, Marquinhos — estes de Santa Fé —, além de Otávio, Benilson, Marcelo, Jeferson, Danilo, Keké, Cuca, Marquinhos, João Pedro, Marcelo Mineiro, Pitangui, Banana, Guerra, Fernandão, Juninho, entre outros.
No livro, tudo estará devidamente registrado.
É uma história bonita, escrita por nós e inspirada na letra da música composta por Leal Luz, um aparecidense nato e apaixonado: DESTINO A MATO GROSSO. O trecho “…passe o tempo que passar, quem bebe da sua água, um dia tem que voltar…” retrata bem o sentimento que nos movia.
Tínhamos dois adversários ferrenhos, que montavam excelentes equipes: o Gil Acessórios e a Apafuj. Ambos investiam muito. O Gil, inclusive, trouxe uma equipe completa do Paraná para fazer a pré-temporada e disputar o torneio.
Vamos à história do tri.
Na semifinal, enfrentamos a equipe da Apafuj. O saudoso Muguinho, nosso técnico, entrou em contato com um atleta que estava em Assis (SP), chamado Pitangui, para reforçar o time. Ele trouxe com ele mais dois jogadores: Banana e Guerra.
Saí daqui no dia do jogo, com meu carro, para buscá-los em Assis. Chegando lá, fiquei na rodoviária esperando os três, que ainda estavam treinando. O tempo passava, e eu já estava apavorado — “não vai dar tempo!”. Enfim, chegaram brincando, conversando, enquanto eu seguia concentrado. Quando pegamos a pista e eles olharam o velocímetro… vieram soltar a voz só em Araçatuba!
Eu precisava chegar — e já havia anoitecido. Deus nos ajudou: não havia trânsito, nada nos atrapalhou. Chegamos em Jales e o jogo já havia começado. Eles desceram correndo, o Bidica estava esperando; estacionei e entrei direto no ginásio.
Vencemos por 9×3.
O técnico da Apafuj, Zé Bolacha, denunciou os atletas e enviou uma cópia da súmula aos dirigentes de Assis. Resultado: Pitangui foi demitido, e Banana e Guerra foram multados. Ainda tínhamos a final pela frente.
Pitangui me ligou pedindo ajuda para vir jogar a decisão — pedido que, claro, foi prontamente atendido.
O jogo da final, contra o Gil Acessórios, foi sensacional: gols pra lá, gols pra cá… terminou empatado em 4×4.
Fomos para a prorrogação.
Faltando 1 minuto e 5 segundos para o fim, Laércio, nosso goleiro, defendeu um chute do goleiro-linha adversário, e a bola sobrou nos pés do nosso atacante Emerso, que, com o gol aberto, tocou para marcar o gol do título.
CME 5×4 Apafuj.
Espero que tenham gostado. Há ainda muitas histórias e conquistas do nosso esporte para contar.
Um grande abraço ao nosso amigo Leal Luz, compositor da música que nos inspirou.
Ouçam: DESTINO A MATO GROSSO.
Até a próxima!


