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Governo assina termo com Embrapa e entidade internacional para viabilizar ‘Projeto Estado Carbono Neutro’

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    Mato Grosso do Sul avança na implantação de políticas ambientais e de desenvolvimento que possibilitem ao Estado ser qualificado como “Carbono Neutro” – com as suas indústrias, agricultura, pecuária e outros empreendimentos adotando ações que neutralizam a emissão de gases de efeito estufa. Na quarta-feira (9), o governador Reinaldo Azambuja e o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, assinam uma “Declaração de Interesses” cujo propósito é “dar suporte técnico e metodológico à estruturação e desenvolvimento do Projeto Estado Carbono Neutro”. O documento será assinado às 9h pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade), a WRI Brasil e a Embrapa Gado de Corte durante a solenidade de abertura da Dinâmica Agropecuária (Dinapec), em Campo  Grande.
    O Projeto Estado Carbono Neutro é parte integrante do Programa Estadual de Mudanças Climáticas (Proclima), realizado pela Semade. Ele vai gerar as bases metodológicas para uma economia de baixo carbono em Mato Grosso do Sul, desenvolvendo e adaptando tecnologias para a redução e mitigação das emissões de gases de efeito estufa nos diversos setores da economia do Estado.
    “Essa será uma grande contribuição e exemplo que daremos ao país para ajudar a atingir as metas firmadas em dezembro do ano passado na Conferência Mundial do Clima. Não podemos pensar mais em política de desenvolvimento sem a adoção de práticas sustentáveis de produção. É esse o modelo de gestão ambiental e de fomento à industrialização que estamos implantando no nosso Estado. Transformar Mato Grosso do Sul em um ‘Estado Carbono Zero’ (ou Carbono Neutro) é uma meta ousada, mas já temos bons exemplos por aqui na indústria e no agronegócio. Com uma política e estratégia bem definidas temos todas as condições de atingir esse objetivo”, diz o secretário Jaime Verruck.
    No mês passado, a Semade e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) formalizaram a criação Grupo de Trabalho Mudanças Climáticas e Biodiversidade. O GT é coordenado pela secretaria e Imasul e conta com a participação de fiscais, analistas e gestores ambientais do instituto, além de representantes da Sectei, Sepaf e Defesa Civil. “O GT foi criado no âmbito do Proclima e já trabalha na formatação da Política Estadual de Mudanças Climáticas (Lei 4.555/2014), que deveremos regulamentar estruturar até o fim do ano”, lembra o secretário.

MS CARBONO NEUTRO
    Mato Grosso do Sul tem potencial para ser um Estado Carbono Neutro, onde as emissões advindas de todas as atividades da sociedade possam ser neutralizadas com a adoção de sistemas sustentáveis de produção na agropecuária e aumento na produção de energia renovável.
    Essa neutralização viria da fixação de carbono nos solos sob sistemas agropecuários mais eficientes de produção; do aumento nos estoques de carbono nos sistemas de produção de cana-de-açúcar e florestas plantadas em comparação a pastagens degradadas; da redução das emissões de metano por unidade de carne produzida em sistemas mais intensivos (notadamente as tecnologias associada à certificação da Embrapa: Carne Carbono Neutro); da produção de energia elétrica a partir da biomassa do setor sucroenergético e florestal; do estímulo a geração de energia eólica e solar; e da melhoria na eficiência energética.
    De acordo com o escopo do projeto, a primeira fase envolverá o desenvolvimento de novos protocolos de mensuração e registro dos gases de efeito estufa, focando nos sistemas que são ainda negligenciados pelas metodologias tradicionais. Essa etapa envolverá a WRI (World Resource Institute) – organização não governamental de renome internacional que desenvolve protocolos para o inventário de emissões de empresas, instituições, regiões, estados e países. Os chamados GHG Protocols têm sido adotados por vários países, inclusive pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil, como principal ferramenta para a elaboração dos inventários de emissões.
    A participação da Embrapa se dará por meio da unidade Gado de Corte, que vem trabalhando a certificação Carne Carbono Neutro, e a Embrapa Informática Agropecuária, responsável pelos importantes avanços alcançados no componente agropecuário dos inventários nacionais.

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