O PSDB se prepara para a “batalha” eleitoral, em outubro, projetando números altos. O partido, hoje com 16 prefeitos, oito vices e pouco mais de 100 vereadores, quer vencer em 30 cidades e dobrar a quantidade dos parlamentares municipais.
Na prancheta, Sérgio de Paula, secretário da Casa Civil e tesoureiro estadual da legenda, comanda a articulação que pretende transformar o PSDB na maior estrutura partidária de Mato Grosso do Sul, deixando para trás, de uma vez por toda, a “fama” de coadjuvante, processo iniciado com a vitória de Reinaldo Azambuja para o governo do Estado, em 2014.
Mesmo antes das eleições, Márcio Monteiro, presidente da legenda, espera novas adesões. Até o próximo dia 18, vereadores e deputados podem deixar seus partidos, sem risco de perder seus mandatos. A data final para filiação é 2 de abril. Até lá, os tucanos esperam atrair novos filiados, entre eles dois parlamentares, um federal e outro estadual.
Previsões políticas indicam que o PMDB deve perder 32 deputados federais no país. O que pode provocar mudanças também no quadro estadual.
Em 42 municípios
Na Assembléia Legislativa, onde chegou com 4 representantes, resultado da eleição de 2014, o PSDB saltou para sete, constituiu a maior bancada e deve atrair seu oitavo deputado. Para a Câmara Federal elegeu Márcio Monteiro, que licenciou-se para assumir a Secretaria Estadual de Fazenda. Assumiu o lugar o suplente Elizeu Dionizio, que se filiou ao partido.
Articulador político do governo, Sérgio de Paula, diz que a meta para a eleição de outubro é lançar candidato a prefeito em 42 cidades. Para essa missão, conta com 10 aliados, entre eles até o PMDB, que hoje integra a bancada na Assembléia Legislativa que vota com o governo.
Armas
Mas, segundo Sérgio de Paula, o “grande trunfo eleitoral” é o “novo modelo de gestão” implantado pela administração tucana e a popularidade do governador Reinaldo Azambuja. Pesquisas para consumo interno, revela o secretário, mostram índices superior a 70%, no interior, e 60% na capital.
Outra “arma” que os tucanos e aliados vão levar para o palanque, adianta Sérgio de Paulo, são resultados das ações governamentais colhidas no primeiro ano tucano, com “enfase na saúde, com a “Caravana da Saúde”, Educação, Segurança Pública e na Rede Solidária”, embrião de programa social, que hoje atende 800 famílias em Campo Grande e que deve ser ampliado para o Estado.
Nomes
O secretário da Casa Civil avalia que o governo cumpriu sua missão no primeiro ano. Lembra da pesquisa divulgada pelo G1, site da Rede Globo, que cita Reinaldo Azambuja como o governador que mais atendeu promessas de campanha. “E diante de um quadro financeiro caótico que herdamos”, lembra Sérgio de Paula.
Pela análise do secretário, o PSDB tem chances reais de vencer as eleições nas maiores cidades de Mato Grosso do Sul. Em algumas já tem nomes definidos. Três Lagoas com o deputado estadual Angelo Gueireiro, Corumbá com o ex-prefeito Ruiter Cunha, Nova Andradina, o prefeito Roberto Hashioka, reeleição, e Ponta Porã com Helio Beluffo.
Em Campo Grande, o partido tem dois nomes. O secretário de Governo, Eduardo Riedel e a vice-governadora, Rose Modesto. A definição depende do desempenho de cada um nas pesquisas eleitorais. Em Dourados, segunda maior cidade do Estado, o PSDB espera clarear o quadro partidário para anunciar seu candidato. Nomes é o que não faltam. Marçal Filho (PSDB), Geraldo Rezende (PMDB), José Carlos Barbosa (PSB) e Delia Razuk (PR).