A tradição de comer peixe na Semana Santa aumenta o volume de vendas do produto. Nas feiras, peixarias e supermercados a procura pelo pescado é grande. Os católicos seguem a tradição religiosa e retiram do seu cardápio as carnes e se alimentam, nessa semana, principalmente dos peixes.
Com o objetivo de levantar junto aos habitantes de Aparecida do Taboado a opinião pública relacionada a assuntos do comportamento e da expectativa de consumo durante a Páscoa de 2016, a Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul) apontou que o movimento do comércio será de R$ 580 mil com o consumo de pescado e derivados.
Segundo o levantamento, 73% dos consumidores deverão consumir peixes, escolhendo como os principais tipos a Tilápia (25,6%), seguido da Sardinha (22,8%), outras espécies (21,9%) e o Bacalhau (16,4%). O gasto médio em peixe aferido na pesquisa é de R$ 65,75 por comprador.
No Supermercado Serv Bem, o gerente contou que as expectativas para a Semana Santa são razoáveis, devido a crise. Todo ano o estabelecimento se prepara para atender aos seus clientes. Como de costume, neste ano apesar não estarem esperançosos continuará a venda exclusiva do Bacalhau.
Já os peixeiros do município contam com a excelente procura do pescado para lucrar. Luciano José de Souza vende peixe há 18 anos e todos os anos na Semana Santa as vendas dão uma alavancada, pois são vendidos, em média, sete freezers lotados de peixe. “Eu trabalho com uma grande variedade de peixes que são vendidos na Feira do Produtor nos dias de quarta-feira, sexta-feira e domingo. E na Semana Santa são montados dois pontos de venda, sendo de frente o Supermercado Central, na Avenida Presidente Vargas, e de frente a Escola Estadual Georgina de Oliveira Rocha, na Avenida São Cristóvão, com a ajuda da esposa, filho e nora”, contou.
Luciano decidiu que na sexta-feira, 25, abrirá o seu box na Feira para atender aos seus clientes, como foi proposto aos feirantes que quisessem trabalhar no feriado.
A Semana Santa também é bastante aguardada pelo peixeiro Renato Fernando Queias. No ramo há seis anos, ele abriu uma peixaria há quatro, tendo como prioridade qualidade e higiene. Além disso, o comerciante também é feirante, tendo um box na Feira do Produtor.
Neste período do ano, o peixeiro contou que vende uma média de 5 mil quilos de pescado, tendo uma vasta variedade de peixes populares (tilápia, tucunaré, corvina, piau e pacú) e nobres, como, por exemplo, filé de salmão, bacalhau, tambaqui e postas de pintados, trazidos de frigoríficos de Rondônia-RO. “Eu procuro trabalhar da melhor forma possível, dentro das normas. Podiam existir umas quatro Semanas Santas no ano”, disse.
Além de peixes inteiros, Renato trabalha com filés, peixes desossados, bolinhos de peixe e bolinhos de camarão. Na sexta-feira santa, a peixaria, localizada na Rua Américo Alves de Queiroz, 4645, São Luiz, ficará aberta até às 12h