Médicos e enfermeiros do Pronto Socorro, bem como coordenadores e médicos das Unidades Básicas de Saúde de Aparecida do Taboado, receberam capacitação e orientação sobre o protocolo de atendimento e identificação de casos suspeitos de Influenza, vírus H1N1. As orientações ocorreram na tarde de quinta-feira, 15, na FESAT (Fundação Estatal de Saúde) e Secretaria Municipal de Saúde, pelas enfermeiras da Coordenadoria de Estado de Saúde, Lívia de Mello Almeida, gerente de Doenças Endêmicas, e Fabricia Carvalho Chagas, assistente de doenças endêmicas.
Idealizado pela Secretaria Municipal de Saúde, o objetivo da ação, segundo informou o secretário, Luciano Silva, foi preparar os profissionais de Saúde, pois havia um desencontro muito grande de informações dos profissionais do Pronto Socorro e das Unidades Básicas de Saúde quanto à triagem e atendimento aos pacientes com suspeita de Influenza. “Esta orientação é muito importante, porque acredito que nossos profissionais terão um pouco mais de tranquilidade para lidar com o paciente que esteja com suspeita de gripe H1N1”, salientou.
Luciano Silva destacou que as profissionais são disputadas pelos 79 municípios, principalmente neste período em que existe uma polvorosa em torno das doenças endêmicas, como o vírus H1N1, dengue, zika e chikungunya. “Nós conseguimos que elas viessem, graças ao contato que a gente tem de conhecimento com estes profissionais. Eu fiz o contato com a Lívia na segunda-feira e na quinta-feira elas compareceram, mesmo sendo disputadas, atendeu o nosso chamamento, com base nos critérios de nossa necessidade”.
O Boletim Epidemiológico de Mato Grosso do Sul apresentou um caso confirmado em Aparecida do Taboado. O secretário de Saúde ressaltou que não há motivo para as pessoas entrarem em pânico, pois as medidas protetivas estarão sendo realizadas pelo Ministério da Saúde no próximo dia 30, quando será iniciada uma campanha até 20 de maio, tendo como prioridade a vacinação de crianças de 6 meses a menores de 5 anos; Gestantes; Trabalhador de saúde; Povos indígenas; Indivíduos com 60 anos ou mais de idade; População privada de liberdade; Funcionários do sistema prisional; Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis; e pessoas portadoras de outras condições clínicas especiais (doença respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica, doença neurológica crônica, diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e portadores de trissomias).
Lívia de Mello Almeida e Fabricia Carvalho Chagas salientaram que “é preciso orientar a equipe, principalmente quanto ao uso de protocolo de tratamento de Influenza; incentivar os profissionais para que eles usem o protocolo para nortear as ações e não tratar pacientes que não se enquadram nos critérios clínicos para tratamento”.
O Caso registrado
Segundo informou Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, foi registrado um caso em uma criança. O Município somente tomou conhecimento após a divulgação do Boletim Epidemiológico, pois a identificação ocorreu em Campo Grande.
Conforme informou, o vírus foi contraído após a família se deslocar para um velório em Jales-SP. Ao retornar, a criança começou a passar mal, com febre e dificuldade para respirar. Os pais levaram a criança até o Pronto Socorro, onde ela ficou internada com suspeita de pneumonia. Durante a internação houve um agravo no quadro de saúde, sendo solicitada uma vaga para o hospital de Três Lagoas e, posteriormente, o hospital de Três Lagoas a encaminhou para Campo Grande, onde ela ficou internada até a médica suspeitar de se tratar de um caso de H1N1. A criança foi submetida ao teste para a confirmação, permanecendo por oito dias no hospital. Após a medicação e apresentando melhora a criança foi liberada para retornar para casa.