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Aos 75 anos, Michel Temer leva PMDB à presidência do país pela segunda vez

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    Aos 75 anos, Michel Temer (PMDB), vice-presidente até a madrugada desta quinta-feira (12), se torna, a partir de hoje, o presidente da República interino. Agora presidente afastada, Dilma Rousseff teve o processo contra ela aprovado pelo Senado e ficará ao menos 180 sem comandar o país. 
    De São Paulo, Temer é graduado em Direito pela USP (Universidade de São Paulo) em 1963. Se filiou no PMDB em 1981 e foi procurador-geral do Estado de São Paulo dois anos depois. Assumiu a secretaria de Estado de Segurança Pública em 1984 até 1986. Também tentou ser deputado federal, mas não conseguiu ser eleito, ficou na suplência e assumiu o mandato em 1987.
    Temer deve assumir o governo sem qualquer posse ou cerimônia, somente depois de ser notificado oficialmente da decisão, o que deve ocorrer por volta das 11 horas de Brasília; à tarde, os ministros nomeados por ele devem tomar posse. Dilma será informada oficialmente por volta das 10 horas. Temer será o segundo presidente do PMDB, mas, igual Itamar Franco, que substituiu Fernando Collor de Melo, assume o País somente em virtude de um afastamento do presidente eleito.
    Em 1992, Michel Temer assumiu novamente a secretaria de Segurança até 1993, mesmo ano que começou a atuar na pasta de Governo. Na mesma década chegou a ser eleito deputado federal e presidiu a Câmara dos Deputados. Desde 2001, é presidente nacional do PMDB.
    O agora presidente foi escolhido para ser vice em 2009, na campanha eleitoral que resultou no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Na fase de eleição, Temer foi discreto e não apareceu em nenhuma propaganda eleitoral. Dois ministros ligados a ele foram nomeados no governo petista, assim que a presidente afastada assumiu.
    Na ocasião da campanha para reeleição, em 2014, Temer foi confirmado novamente como vice de Dilma. Foi ele quem declarou apoio a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados. Até então, defendia a presidente afastada, inclusive ganhou a função de articulador do governo no Congresso Nacional.
    Escândalos de corrupção, investigados na Lava Jato, começaram a ser divulgados, o que piorou de vez a situação de Dilma. Pressionado pelo partido, Temer anunciou o desembarque do governo e apoio ao processo de impeachment.

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