Três Lagoas, é de fato a Capital da Celulose. Oficialmente o título é de 2013, mas com duas gigantes do setor em obras de expansão, o município espantou a crise que chegou com força no fim de 2014 e agora, vive dias de grande movimentação e expectativa.
A Fibria anunciou que em outubro de 2017, quando deve entrar em operação a segunda planta que está em construção, a unidade de Três Lagoas será capaz de produzir 3,7 milhões de toneladas de celulose/ano. Essa é a maior produção anual entre as indústrias do setor.
Também da Fibria, a unidade de Aracruz, no Espirito Santo, que atua com três linhas de produção era, até então, a maior fábrica de celulose do mundo. O posto trocou de mãos e agora pertence a Mato Grosso do Sul.
De acordo com o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, em sete anos a unidade de Três Lagoas cresceu mais do que outras, que demoraram 10 anos. "Três Lagoas agora passa a tão famosa unidade de Aracruz, em menos de 10 anos de atuação", afirma.
Outra empresa que contribui para o status de de Capital da Celulose, é a Eldorado Brasil, pertencente ao grupo J&S, mesma do grupo JBS. Inaugurada em 2012, a fábrica tem capacidade de produzir 1,7 milhão de toneladas/ano.
Porém, também está em andamento a construção da segunda linha de produção, que segundo a empresa, terá capacidade instalada para produzir 2 milhões de toneladas de celulose/ano.
Consequências – Em Três Lagoas, é justamente a celulose, que foi a responsável pelo crescimento da cidade, que hoje tira o município da crise. O período de dificuldade que afetou empresários e trabalhadores, logo após a Petrobras anunciar que iria parar as obras da Fábrica de Fertilizantes, no fim de 2014, começa a passar.
Hoje, o cenário é outro. Na rodovia BR-262, principal via de acesso ao município, é intenso o tráfego de caminhões carregados com madeira, veículos com adesivos das empresas de celulose e claro, eucalipto nas duas margens e a perder de vista.
A prefeita de Três Lagoas, Marcia Moura afirma que as parcerias são essenciais para o bom andamento do município. "Nós passamos por um momento delicado, em que temos que estreitar o diálogo junto as empresas privadas. São elas que ajudam muito na infraestrutura, como aumento de escolas, creches e saúde", diz.
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