Durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária desta quinta-feira (14), foi discutido sobre a baixa cobertura do seguro agrícola no país, menos de 15% da área plantada.
Segundo o senador Waldemir Moka (PMDB), o seguro rural é instrumento de interesse para os envolvidos na oferta e recebimento de crédito para custear a safra agrícola. "Seria mais econômico aportar maior volume de recursos para o seguro agrícola do que, em caso de frustração da colheita, o governo ter que renegociar as dívidas anos após ano".
Ele disse ainda que o Governo Federal deveria aumentar o aporte de recursos para que o seguro rural funcione de forma mais efetiva no Brasil. O aporte de recursos públicos se justifica pelos impactos que tem uma frustração de safra em toda a economia.
De acordo com o representante da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária) Pedro Loyola, quando uma região enfrenta um problema climático, a perda da produção afeta não apenas os agricultores, mas também o comércio local, as indústrias de máquinas e insumos, bem como distribuidores e transportadores, levando à redução de empregos e queda na renda.
Zoneamento agrícola – Para reduzir os riscos e consequentemente, o custo do seguro, Moka destacou a estratégia apontada na apresentação dos especialistas, o zoneamento agrícola.
"O sujeito vai plantar uma determinada cultura em um lugar que não é propício para aquilo, a chance de colher é pequena. O zoneamento atualizado é fundamental", explicou Moka.