Com as vendas enfraquecidas há meses, o comércio varejista de Campo Grande tem demitido mais que contratado. O setor não cria novas vagas de trabalho desde dezembro do ano passado, acumulando até maio (último dado) seis saldos negativos ininterruptos. Nesse intervalo, 10.936 pessoas foram contratadas e 12.731 ficaram desempregadas, o que corresponde ao fechamento de 1.795 vagas, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Apenas neste ano, foram extintos 1.272 empregos, o pior resultado da série histórica do Caged para o período.
O comportamento do mercado de trabalho do comércio se insere em um contexto de desaquecimento econômico, que também abarca a redução do poder de compra dos consumidores e, por conseguinte, a queda no volume de vendas. Pelos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em todo o Estado, as vendas no varejo contabilizaram, de fevereiro a maio deste ano (último dado), quatro retrações seguidas na comparação com igual período de 2015. Considerando a série histórica, as quedas do volume das vendas nesses meses foram significativas: a variação de maio (-6,6%) é a pior para o mês desde 2001 (-6,9%); a de abril (-6,6%) só é superada pelo resultado de igual período de 2001 (-7,3%); a de março (-5,6%) é a maior redução para esse mês desde 2003 (-9,7%); e a de fevereiro (-3,0%) fica atrás apenas do recuo apresentado, na mesma época, em 2003 (-7,0%).
Com as vendas em declínio, os empresários do comércio tentam estratégias diversas antes de adotar medidas extremas, como demitir. “Fazem promoções, cortam gastos, reduzem estoque. Se não tem jeito, desempregam”, afirmou o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Hermas Renan Rodrigues. Segundo ele, a redução do quadro de pessoal é o penúltimo estágio. “O último é fechar a loja”, acrescenta.
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