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Lula diz que é candidato à Presidência e Zeca ao governo de MS em 2018

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    Luiz Inácio Lula da Silva e José Orcírio Miranda dos Santos são, respectivamente, candidatos à Presídência da República e ao governo de Mato Grosso do Sul em 2018. O anúncio, por parte de ambos, foi feito nesta quarta-feira (24) durante visita do ex-presidente petista ao Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, município a 320 km de Campo Grande.
    “Se o Lula falar que vai ser candidato em 2018, eu também sou a governador em 2018”, disse Zeca do PT. Lula respondeu em seguida: “companheiro Zeca, já está convidado a ser governador”. Os dois participaram do "ato político nacional em defesa da democracia e da reforma agrária', organizado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
    Sendo assim, a dobradinha petista entre Lula e Zeca, que ocorreu no início dos anos 2000, pode ser repetida na corrida eleitoral de 2018. Os dois poderão enfrentar as urnas daqui a dois anos, pelos mesmos cargos ocupados por ambos: Lula foi presidente entre 2003 e 2010, enquanto Zeca governou Mato Grosso do Sul de 1999 a 2007.
    Uma das provas de que Lula deve voltar a participar das eleições é que a equipe de filmagem do petista o acompanhou por todo o assentamento, uma mostra de a campanha para Lula já teria começado. Até então, a candidatura não estava certa, embora o ex-presidente já tenha dito em outras ocasiões que, se fosse preciso, disputaria as eleições em 2018.
    Além da prévia eleitoral, Lula comentou sobre o processo de impeachment da correligionária presidente afastada Dilma Rousseff. Afinal, a visita ao Estado acontece um dia antes ao início do julgamento de sua sucessora. Para o petista, o cenário político atual nada mais é do que briga entre classes, e defendeu: “Eles acham que trabalhador tem que plantar mandioca o resto da vida. Eles ainda não aceitam”.
    Durante o evento, o ex-presidente mostrou que nem mesmo a Operação Lava Jato afetou sua imagem entre os movimentos sociais de Mato Grosso do Sul. Visitou plantações de famílias do MST e conversou com lideranças locais de movimentos sociais e também com a militância.
    Almoçou em um assentamento distante a 18 quilômetros da zona urbana do assentamento, e depois seguiu para o evento, onde subiu ao palanque com os companheiros de partido de Mato Grosso do Sul: Zeca do PT, Alex do PT, Vander Loubet e Antônio Carlos Biffi.
    O evento também teve a presença de João Pedro Stedile, líder do MST nacional, que mais uma vez, foi polêmico em seu discurso. “Nesse local a burguesia faz a festa, e hoje é o maior programa de agricultura familiar do país”, disse. E avisou: “Se Dilma for cassada, os movimentos sociais não irão descansar até derrubar o governo golpista”, em referência ao presidente interino Michel Temer (PMDB).

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