Depois da votação que cassou o mandato de Dilma Rousseff e da cerimônia de posse de Michel Temer na Presidência da República nesta quarta-feira (31/08), é chegada a hora de recuperar o Brasil, conforme a expectativa do presidente da Fiems, Sérgio Longen. “A partir de agora, serão 28 meses para mudar a cara do Brasil. Esse é o tempo que o governo de Michel Temer terá para demonstrar a toda sociedade que é possível recuperar as contas do País, voltar a crescer e gerar trabalho e renda. De um modo geral a avaliação é que o novo e agora definitivo governo deva centrar foco em três reformas necessárias e inadiáveis: Fiscal, Tributária e Trabalhista”, cobrou.
Para Sérgio Longen, na reforma Fiscal, a União, Estados e Municípios não podem continuar gastando tanto e aplicando esses recursos da forma como sempre fizeram. “É necessário que se avalie com profundidade a qualidade desses gastos e o que retorna como serviço ao cidadão que paga seus impostos. O povo já deu todas as demonstrações necessárias que não aguenta mais pagar a conta da má gestão dos recursos públicos e, para que isso ocorra, é necessário se debruçar sobre este tema”, pontuou.
Já na reforma tributária o presidente da Fiems pede uma lógica fácil e direta: tributação simples e justa reduz custos e aumenta a produtividade em todos os setores, por consequência, se aumentam vagas de trabalho e poder de compra do trabalhador. “Não á outro país no mundo onde uma empresa gasta tanto tempo e dinheiro para se manter em dia com a sanha tributária aplicada hoje no Brasil. São 2.600 horas trabalhadas/ano, para se calcular e quitar todos os tributos cobrados aqui. A comparação é estarrecedora, já que na China, segunda economia do mundo, são gastas 398 horas, enquanto que na Rússia, esse número cai para 290”, comparou.
Por fim, a reforma trabalhista, de acordo com ele, o que falta é coragem. “Tocar o dedo nessa ferida é claro que não contentará a todos, porém, acho que essa é a reforma mais urgente que o Governo Temer deveria observar. O ponto é crucial tanto para a classe laboral como para a classe patronal. Enquanto isso não é colocado à mesa para ser discutido, estamos constantemente resolvendo questões trabalhistas no Judiciário”, pontuou.
Segundo opinião de Sérgio Longen, é preciso mudar a cultura do emprego para a valorização do trabalho. “Essa reforma é uma grande oportunidade que o Brasil tem de voltar a valorizar o trabalho e o orgulho do trabalhador de chegar em casa com o salário fruto do seu esforço”, afirmou.
Ele reforça que é preciso chegar a uma linha clara de raciocínio, que seja respeitada e preservada, que mantenha todos os direitos conquistados, mas que equilibre as relações e respeite o que for acordado entre as classes. “Desejo sorte, clareza, foco e determinação ao governo que se inicia. Depositamos nas suas decisões as nossas expectativas e esperanças de que o Brasil volte a crescer, gerando renda e trabalho, voltando a figurar entre os grandes do mundo”, finalizou.
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