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Bancada de MS promete ir a sessão e maioria vota pela cassação de Cunha

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    Os oitos deputados federais de Mato Grosso do Sul confirmaram que vão comparecer a sessão, na próxima segunda-feira (12), que vai definir se o ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai ter seu mandato cassado. A maioria vai votar a favor da quebra de decoro parlamentar, tendo única posição contrária de Carlos Marun (PMDB).
    Irão votar a favor da cassação: Geraldo Resende (PSDB), Elizeu Dionísio (PSDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Zeca do PT, Vander Loubet (PT), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Tereza Cristina (PSB). "Vou estar lá na segunda-feira para confirmar meu voto, por entender que houve quebra de decoro", disse Resende.
    Mandetta informou que vai seguir a decisão do partido (DEM), que fechou questão a favor da cassação. Já Tereza, Zeca, Vander, Elizeu e Dagoberto adiantaram as suas respectivas posições pela punição mais rígida ao ex-presidente da Câmara, que inclusive está neste momento com seu mandato suspenso pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
    O único voto da bancada contra a cassação, será de Carlos Marun (PMDB), que defende uma punição mais branda ao colega de partido. "Ele está sendo julgado por mentir na CPI da Petrobras, que não tinha contas no exterior, mas até hoje não foi comprovado isto, já que ele explicou ter apenas um 'trust', que não é mais coisa. Houve apenas omissão", disse ele.
    Marun entende que as demais denúncias contra Cunha serão apreciadas e julgadas no STF. "A Justiça vai decidir se ele é culpado ou não, com a apresentação da defesa e acusação, não entendo que houve quebra de decoro, por isso voto contra com tranquilidade, não existe motivo para cassá-lo", disse o peemedebista.
    Cunha está sendo julgado por mentir durante a CPI da Petrobras, quando disse que não tinha contas fora do País. Ele alega que não procede esta denúncia, porque participava apenas de um "trust", quando significa a custódia de bens, para que seja administrado por outro grupo. Então defende que  seria apenas o beneficiário dos recursos na Suíça e não o titular das contas.
    Sessão – O processo de cassação contra Eduardo Cunha foi instaurado no Conselho de Ética, no dia 3 de novembro de 2015. Sete meses depois, no dia 14 de junho, o mesmo órgão aprovou parecer favorável pela perda do mandato do peemedebista. A sessão que vai julgá-lo será na próxima segunda-feira (12), a partir das 19h, no plenário da Câmara.
    São necessários 257 votos, dos 513 deputados, para que Eduardo Cunha seja cassado. A votação será aberta. O peemedebista entrou com uma ação no STF, para tentar cancelar este evento, porém seu pedido foi negado, por 10 votos a 1. Ele já anunciou que vai pessoalmente fazer a sua defesa, antes da votação.

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