O número de estudantes estrangeiros que estudam em escolas e universidades americanas ultrapassou 1 milhão pela primeira vez no ano acadêmico de 2015-2016, um aumento de 7,1% em relação ao ano anterior e quase o dobro em uma década, de acordo com dados federais divulgados segunda-feira (14).
A China continua enviando a maioria dos estudantes para os Estados Unidos, um aumento de 8,1% sobre o ano acadêmico anterior e representando cerca de 31,5% (328.547 alunos) de todas as matrículas internacionais nos Estados Unidos, de acordo com o relatório Portas Abertas, do Instituto de Educação Internacional (IIE).
A Índia vem em segundo lugar, com 165.918 alunos, representando aumento de 25% a partir do ano letivo de 2014-2015. Seguem-se a Arábia Saudita (61.287), a Coreia do Sul (61.007) e o Canadá (26.973).
Estudantes estrangeiros gastaram cerca de US$ 30,5 bilhões nos Estados Unidos no ano passado, informa o IIE, observando que o ensino superior dos EUA tornou-se mais dependente desse dinheiro. As universidades públicas costumam cobrar dos estudantes estrangeiros duas a três vezes o que os estudantes norte-americanos pagam.
Por outro lado, o número de estudantes americanos no exterior tem aumentado constantemente, com mais de 100 mil alunos estudando em outros países em 2014-15, em relação há dez anos. Os cinco países mais escolhidos pelos estudantes norte-americanos são a Grã-Bretanha, a Itália, a Espanha, a França e a China.
Embora os Estados Unidos e a Grã-Bretanha continuem sendo os dois maiores destinos de estudantes estrangeiros, o relatório mostra que o investimento feito pela China na educação superior está modificando o mercado global.
Em 2020, espera-se que a China atraia mais estudantes internacionais do que a Grã-Bretanha e se torne a segunda opção após os Estados Unidos, sugeriu relatório do Wall Street Journal, citando a influência da escolha britânica de deixar a União Europeia.
Em 2015, 60% dos estudantes estrangeiros que estudam na China vieram de outros países asiáticos. Os sul-coreanos enviaram 66.672 no ano passado. O número de sul-coreanos estudando nos EUA caiu 4% no ano passado para 61.007, mostra ainda o relatório.
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