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Policiais fazem paralisação em protesto contra reforma da Previdência

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  Policiais civis farão uma paralisação nesta quinta-feira (15). O movimento é nacional, contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do governo federal, que institui a reforma da Previdência. Com o protesto, os atendimentos em todas as delegacias do país serão reduzidos.
Conforme o Sinpol/ MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), em Mato Grosso do Sul, somente trabalhos "inadiáveis", como por exemplo autos em flagrante, continuarão sendo feitos nas delegacias do Estado.
  "Serviços como os de investigação, manutenção de presos, entrega de documentos e registros de boletins de ocorrências que não forem de atos em flagrante, não serão feitos pelos policiais", afirma o sindicato.
  Ainda de acordo com o Sinpol, a decisão de paralisar as atividades partiu da Cobrapol (Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis), com o objetivo de pressionar o governo, para que não altere, principalmente, o período para aposentadoria dos brasileiros.
  “Segundos dados do IBGE, enquanto que a vida média do brasileiro é de 75 anos, a do policial é de 56, dezenove anos a menos que a população geral e 9 a menos que a idade mínima para aposentadoria, como pretende o Governo Federal, por meio da PEC 287”, revela o sindicato.
  Em Campo Grande, também haverá uma manifestação pública dos policiais, em frente a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, na Rua Padre João Crippa, 1581, a partir das 8h.
  PEC em votação – A proposta do presidente Michel Temer para a reforma da Previdência —criando a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria – começou a ser analisada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, nesta semana, no primeiro passo da tramitação do projeto no Congresso Nacional.
  A idade mínima para a aposentadoria dos brasileiros só pode ser criada se a Constituição for modificada. Por isso, a proposta do governo para a reforma da Previdência é uma PEC (proposta de Emenda à Constituição).
Para virar lei, a PEC precisa ser aprovada por três quintos do Congresso. São necessários os votos de 308 deputados e de 49 senadores.
  Câmara e Senado votam o projeto em dois turnos. Sempre que uma das Casas altera o texto, ele é devolvido para a outra. Esse pingue-pongue dura até que deputados e senadores cheguem a um acordo.
Enquanto as mudanças estiverem em discussão, os trabalhadores que cumprirem os requisitos para se aposentar pela regra válida hoje, não serão obrigados a se aposentar com as novas regras.
  A boa notícia para esses segurados é que a discussão no Congresso deverá durar até o final do primeiro semestre de 2017, segundo previsão do governo.

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