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APROBAT sempre buscando o fortalecimento da classe produtora

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    Aparecida do Taboado (MS) – A borracha in natura é considerada um produto estratégico para a economia, devido à crescente demanda mundial e à diversidade da aplicação na indústria. O segmento voltado à produção de pneus, por exemplo, consome 75% da produção mundial de borracha natural. Desse modo, a seringueira, cultura produtora da borracha in natura, é excelente alternativa de produção e renda para o produtor rural. Pensando nisso é que os produtores aparecidenses fundaram há um ano, a Associação dos Produtores de Borracha de Aparecida do Taboado e Região (APROBAT), voltada para o fortalecimento da classe produtora.
    A borracha é essencial para a fabricação de produtos utilizados na indústria pneumática e automotora, além de pisos industriais, luvas e material cirúrgico. “Atualmente, o Brasil produz apenas 30% da borracha utilizada; os outros 70% são exportados da Malásia, Indonésia e Tailândia, que são grandes produtores da matéria-prima, mas que tem uma taxa de exportação muito baixa, o que acaba prejudicando o produtor nacional”, lamenta o Presidente da APROBAT, Eduardo Antônio Sanchez
    Em Aparecida do Taboado, existem aproximadamente 2.800.000 pés de seringueira plantados (em produção e crescimento), que gera 500 empregos diretos. “Estimamos que o município torne um grande produtor em um futuro próximo, e a grande expectativa é que a seringueira passe a ser um dos principais produtos a gerar receita em Aparecida do Taboado”, ressaltou Eduardo.
    De acordo com o Presidente da ABRABOR, um dos passos mais importantes para fortalecer a classe produtora de látex, os produtores de Aparecida do Taboado já deram, que foi a criação da Associação. “Hoje, a Associação é a voz do produtor, e ela que vai indicar para o Governo qual o problema e, melhor ainda, a solução; por esse motivo a classe tem que estar fortalecia e buscar soluções”.

Cursos
    Para auxiliar esses produtores, a Associação, em parceria com o Sindicato Rural, vem realizando vários cursos profissionalizantes, entre eles o programa de ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural, para produtores do município que trabalham com a heveicultura (cultivo de seringueiras). “A orientação começa com a escolha de mudas para plantio, passando pelo manejo, controle de doenças e pragas, até a extração e orientação na venda do produto”, detalhou Eduardo.
    Além disso, este ano começou a funcionar na cidade o escritório da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), que irá auxiliar e buscar o fortalecimento da classe rural, em especial ao pequeno produtor.
    Também foi realizada uma parceria com Rosyr Nunes de Queiroz, que tem mais de 15 anos de experiência na sangria de seringueira. “Ela está realizando uma assessoria para quem está começando a colheita este ano, com auxílio na hora de fazer a sangria, para que não faça de forma errada e acabe danificando a árvore”, explicou Eduardo.

Venda
    Neste ano, quatro produtores de Aparecida do Taboado começaram a colheita da Seringueira. Sendo assim, a Associação dos Produtores de Borracha de Aparecida do Taboado e Região já está começando a negociar para melhorar a venda da matéria-prima. “Já começamos as tratativas para realizar uma venda em conjunto pela Associação e dessa forma conseguir um preço melhor”.
    A valorização do dólar frente ao real tem beneficiado o preço do coágulo nacional. Atualmente, a matéria-prima está sendo comercializado a R$ 2,33 o quilo. 

Site
    Pensando em contribuir cada vez mais com o produtor aparecidense, o Sindicato Rural irá lançar, em breve, um site da entidade, sendo que haverá um link para a APROBAT, contendo várias dicas.
    “No site, vamos colocar artigos para auxiliar os produtores, com dicas e orientações de como agir na plantação; caso haja alguma praga, o que ele pode usar de insumo; quando é a melhor hora para começar a sangria, ou seja, tudo que ele precisa saber para ter uma heveicultura de ótima qualidade”.

Dados
    No Brasil, segundo dados do Ministério da Agricultura, o cultivo comercial de florestas movimenta cerca de R$ 50 bilhões ao ano, gerando 4,7 milhões de empregos diretos e indiretos, fazendo da silvicultura um mercado de trabalho com oportunidades crescentes. Atualmente, São Paulo e Bahia são os polos produtores da seiva, seguidos de Mato Grosso.
    De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), a previsão é que em 2030, o Estado terá uma área plantada de 1 milhão de hectares, e possa vir a ocupar a segunda posição na produção nacional, ficando atrás apenas do Estado de São Paulo. 

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