Virando a página da eleição de 2020 em Aparecida do Taboado, deixo a seguir uma “breve” explanação. Boa leitura!
1- Crítica: Uma questão séria que todos precisam entender definitivamente, “criticar os concorrentes não traz voto e só afasta os eleitores”. Não importa se quem critica é o candidato ou seus apoiadores, o efeito é o mesmo e só ocasiona prejuízo à candidatura. Teve candidato de renovação que não conseguiu crescer em votos pela postura ácida e agressiva de seu apoiador que se apresentava como o paladino da justiça e referência da lei. Outros foram prejudicados por se permitirem envolver com querelas e denuncismos. Venceu aquele que juntamente com seus apoiadores focou mais nas propostas e no discurso de moralização e trabalho, deixando de lado a crítica aos concorrentes.
2- Renovação: A vitória de um candidato novo dá a muitos a impressão de que o eleitorado baniu definitivamente as forças hegemônicas do cenário político aparecidense. Ledo engano, pois, se observarmos bem, Sirlei, Djalma e José Lima tiveram juntos 6.764 votos não obstante aos fardos que carregaram (apoiadores denunciados, indeferimento de candidatura ou laço com o prefeito atual), enquanto que José Natan, Vieira e Rodrigo Chapéu somaram 6.216 votos mesmo livres dos desgastes que os anteriores possuíam. Unidas, provavelmente, as forças hegemônicas teriam vencido o pleito.
3- Forças: Após a eleição fica a constatação de que o candidato eleito assume protagonismo como nova força no município e se assenta ao lado de Vilson Melo e Djalma Furquim no panteão daqueles que podem decidir a próxima eleição. O prefeito atual desaparecerá do cenário. Mesmo que não sejam candidatos, Sirlei ou Vilson e Djalma serão apoios disputados por todos que tenham pretensão de assumir a prefeitura em 2025. Rodrigo Chapéu e Vieira não deveriam descartar uma vaga no legislativo municipal, pois possuem força para isso e para ajudar no coeficiente eleitoral da chapa que compuserem.
4- Dinheiro: Continua auxiliando na campanha, mas deve ser melhor empregado e em apoio da proposta e do discurso da candidatura, pois a população não troca mais seu voto pelo dinheiro que aceita cordialmente. Antes o eleitor era inocente, agora, parece que os candidatos ficaram inocentes e não percebem que estão sendo ludibriados pelos eleitores.
5- Mídia: Veio para ficar assim como o corpo a corpo e deve ser parte importante da estratégia dos candidatos. Sozinha não leva ninguém à vitória, mas ausente, impede a vitória e a disseminação das propostas e discurso.
6- Imprensa: Prossegue tendo papel destacado auxiliando na disseminação de análises, fatos e inverdades. Constitui voz que os eleitores ouvem na formação de sua opinião e na definição de seu voto.
7- Comunicadores: São vozes reconhecidas que não devem cair no canto da sereia. A população os vê como úteis para a difusão da notícia, debate de ideias e publicação das denúncias, mas não para a disputa e exercício dos cargos públicos. Como comunicadores são vistos como neutros, já como candidatos suas críticas aos desmandos são vistas como oportunismo.
8- Câmara: Os edis que tomarão posse em 2021 devem estar atentos ao discurso de “não reeleja ninguém” que auxiliou em sua vitória. Em 2024 esse mesmo discurso tem encontro marcado com cada um deles, só que dessa vez os encontrará desgastados pelos embates inerentes ao exercício da vereança.
9- Eleição 2022: Só servirá para demonstrar as forças estaduais e federais. Como a de 2018 não terá peso na eleição municipal. Cada eleição tem suas variáveis e conjuntura.
10- Eleição 2024: Quem viver verá, por hora vamos desejar boa sorte aos eleitos para que através do sucesso deles todos sejamos beneficiados. Que Deus os dirija e os abençoe ricamente assim como nossa querida cidade.
Paulo Henrique Souza
Professor, liderança política do PV e candidato a vice-prefeito na coligação PDT-PV.