Artigo de Opinião: A páscoa de Maria

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Nunca havia escrito nada sobre a Maria, a esposa do Fortaleza, que partiu hoje, cercada do carinho do marido e dos filhos, Edson Jr., Natália e Samuel.

Aos 57 anos – poxa vida, tão nova – Maria descansou no hospital de base de Rio Preto, após longa luta contra uma doença que vinha enfrentando há muitos anos.

Muito conhecida como funcionária da Câmara de Vereadores, onde trabalhou por muitos anos até se aposentar no ano passado, Maria era para mim uma das grandes mulheres do meu bairro que me viu nascer e crescer.

Na época mais simples da minha infância, quando todos meninos e meninas éramos cuidados por toda a vizinhança, ela representava muito mais do que uma vizinha – era, na verdade, uma segunda mãe, com sua atenção permanente sobre nossas travessuras.

Já adulto e morando longe, meu afeto por ela só aumentou, a ponto de que eu não podia mais visitar Aparecida do Taboado, nas férias, sem passar na casa dela para um almoço ou jantar. Por causa do seu carinho, me sentia tratado como filho.

Nossos últimos encontros, no final do ano passado, foram ótimos, como sempre, com ela me recebendo com alegria, apesar do aborrecimento que a doença que enfrentava provocada em seu humor.

Quando foi internada há duas semanas, achava nas minhas orações que ia escapar da última crise que a levou e que infelizmente deixa em nós um enorme vazio.

Agora que a emoção deste momento de dor profunda nos parte o coração, o consolo que fica é a fé de que a páscoa da Maria está sendo uma passagem para os braços do Pai, que agora a deve estar acolhendo com o maior amor do mundo.

Muito obrigado por tudo, querida!

Marcos Vinícios de Araújo Vieira, diplomata de carreira, mora em Brasília.

 

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