Os casos de sífilis registrados em Mato Grosso do Sul, entre os 2007 e 2016, somam mais de 15 mil ocorrências, e a metade das infecções registradas são em mulheres grávidas, revelou a Secretaria de Saúde do Estado. A quantidade de gestantes com sífilis aumentou em 2015 – foram 1.102 casos -, no confronto com os dados de 2014, quando foram registrados 901 casos.
A doença adquirida foram sete mil, contraída por contato sexual, transfusão de sangue infectado ou via transplacentária. A sífilis sífilis congênita, quando o bebê é contaminado pela placenta ou na hora do parto, tiveram pouco mais de duas mil ocorrências.
Apesar de o tratamento ser simples, cerca de 70% das gestantes transmitem a doença aos bebês, pois não fazem o tratamento adequado. A sífilis na gestação pode causar graves problemas de saúde na criança ou ainda levar ao aborto.
A gerente técnica do Programa Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Danielle Martins Tebet, esse crescimento do número de casos registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) é reflexo da ampliação dos diagnósticos por meio dos testes rápidos realizados em unidades básicas de saúde.
Cenário Nacional
Todos os anos, quase um milhão de pessoas (930 mil) – cerca de 1% da população brasileira, contrai sífilis no país, de acordo com o Ministério da Saúde. O número é ainda mais alarmante quando se trata de gestantes. Estima-se que 50 mil grávidas, cerca de 1,6% das mulheres à espera de um filho no Brasil, sejam portadoras da infecção.
Em gestantes ou não, mas com correto tratamento, a doença pode ser curada em 1 ou 2 semanas de tratamento, mas quando isso não acontece a sífilis pode permanecer no organismo durante toda vida, evoluindo até a morte. Conforme os médicos, a maior causa de abandono do tratamento é achar que a doença já foi vencida, já que os sintomas não ficam aparentes. Mais informações sobre as fases da doença e os sintomas podem ser obtidas no site do Programa de DST /AIDS do Ministério da Saúde.
Combate
Por meio do Pacto pela Saúde, com ações no setor de atenção básica e na vigilância em saúde da SES, o Governo do Estado tem trabalhado na prevenção à sífilis com a implementação da triagem na gestação, a utilização dos testes rápidos para sífilis durante o pré-natal, e a criação de comitês de investigação de transmissão vertical da sífilis.
O Programa Estadual de DST/ AIDS e Hepatites Virais ressalta a importância da realização do teste para diagnosticar a sífilis, principalmente em mulheres grávidas no primeiro e no último trimestre da gestação ou no parto.
Entre ações da SES no combate à doença no mês de outubro está a distribuição de material educativo para a população em geral e específico para a sífilis gestacional, ciclo de palestras em escolas particulares e estaduais para adolescentes do 8º ao 1º ano e em empresas da iniciativa privada com foco na prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis além da distribuição de preservativos e testes rápidos para os 78 municípios.