Boletim divulgado na quarta-feira (27) pelo Ministério da Saúde confirma que 270 crianças nasceram com microcefalia por infecção congênita, mas não necessariamente pelo vírus Zika. A pasta ainda investiga 3.448 casos suspeitos de microcefalia.
Os números são referentes a registros feitos de outubro de 2015 a 20 de janeiro deste ano. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos, além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
Em dezembro, o Ministério da Saúde chegou a confirmar 134 casos de microcefalia relacionada ao vírus Zika. Porém, a pasta voltou atrás e agora só reconhece seis casos de bebês que tiveram exame laboratorial positivo para Zika.
No ano de 2014, quando o registro da malformação não era obrigatório, foram notificados 147 casos. Em outubro de 2015, após o aumento do número de casos, o registro passou a ser obrigatório.
Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram notificados, no período, em 830 cidades de 24 unidades da Federação. Desses, 462 foram descartados. Foram notificadas ainda 68 mortes por malformação congênita após o parto (natimorto) ou durante a gestação (aborto espontâneo). Destes, 12 foram confirmados para a relação com infecção congênita, todos na Região Nordeste, sendo dez no Rio Grande do Norte, um no Ceará e um no Piauí. Continuam em investigação 51 mortes e outras cinco já foram descartadas.
A Região Nordeste concentra 86% dos casos notificados, sendo que Pernambuco continua com o maior número de casos que permanecem em investigação (1.125), seguido dos estados da Paraíba (497), Bahia (471), Ceará (218), Sergipe (172), Alagoas (158), Rio Grande do Norte (133), Rio de Janeiro (122) e Maranhão (119).
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