A Caravana da Saúde começou a realizar as cirurgias de alta complexidade, na área de ortopedia, em dois hospitais da Capital – Pênfigo e Santa Marina – com o objetivo de atender 336 pacientes em três meses, tendo um gasto mensal de R$ 816 mil. "Se fosse no modelo do SUS, custaria até dez vezes mais", disse o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares.
Esta parceria foi feita com os hospitais do Pênfigo e Santa Marina, com a expectativa de realizar 112 cirurgias de ortopedia por mês. "Em 2014, o único hospital que realizava estes procedimentos em todo Estado era a Santa Casa, que fez 24 (cirurgias) em um ano, por isso tem pacientes na fila de espera de até 20 anos", disse Tavares.
O secretário explicou que este número baixo (cirurgias) ocorre porque o sistema de saúde pública precisa dar prioridade aos casos de urgência e emergência, ficando as cirurgias eletivas em segundo plano. "Desde o início da Caravana (Saúde) o objetivo é acabar com a fila da vergonha, vamos usar as melhores próteses do mundo, com equipe médica qualificada".
Tavares ressaltou que a prioridade do governo estadual é oferecer um serviço de qualidade, aos pacientes do SUS (Sistema Único de Sáude), fazendo a devida adequação financeira. "Por exemplo, uma senhora precisa trocar uma prótese que judicializada custaria R$ 108 mil, e vai sair em média por R$ 14,5 mil, dentro do nosso programa".
Pacientes
Elias Souza, de 46 anos, foi avisado no sábado (15), que depois de um ano e quatro meses, faria sua cirurgia de quadril, que além de atrapalhar suas atividades profissionais, dificulta sua própria locomoção. "Esta situação já me trouxe muitos problemas e agora terei uma solução, fará uma grande diferença na minha vida", disse ele.
O aposentado Joselmo Alves Pereira, 69, contou que veio de Dourados, para fazer a sua cirurgia na perna, após quatro anos de espera. "Vou conseguir resolver por meio da Caravana, além de só andar com apoio, sofro muito com as dores constantes".
Já Sebastião Soares, 81 anos, vai fazer sua cirurgia de quadril após seis anos de espera. "Só consigo andar de muleta, além de conviver com muitas dores. Ontem me ligaram e estou confiante". Desde sábado (15) começaram as consultas pré-cirúrgicas nos dois hospitais, para que os procedimentos comecem nesta semana.