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“Caravana faz parte de projeto que está reestruturando a saúde do Estado”, afirma Reinaldo

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    O governador Reinaldo Azambuja reafirmou na manhã desta terça-feira (11), durante entrevista ao programa O Povo na TV, do SBT MS, que a Caravana da Saúde faz parte de um projeto maior que está reestruturando os atendimentos de saúde em Mato Grosso do Sul. Além de zerar as filas de atendimentos, a Caravana está equipando hospitais pelo interior para que essas filas não voltem a se formar.
    De acordo com Reinaldo, o maior programa de saúde da história do Estado está inserido dentro de um planejamento que vai até 2018. Ele citou como exemplo o o Hospital de Coxim que está reestruturado após a passagem da Caravana, tendo sido inclusive inaugurada a hemodiálise.
    “O Ministério da Saúde não preconiza atender com população menor que 150 mil habitantes, lá tem 100 mil, mas nós instalamos porque os pacientes andavam 550 km por dia, três vezes por semana para fazer o tratamento em Campo Grande. Isso é desumano. Na capital vamos terminar o Hospital do Câncer, o do Trauma, e dobrar o tamanho do Regional. Isso tudo até 2018. É um processo dentro de uma organização”, explicou.
    Um ponto enfatizado durante a entrevista foram os números desatualizadas de pessoas cadastradas para atendimento na rede de saúde pública. Segundo o governador, quando o proejto iniciou em 2015, havia o registro de 17 mil pessoas em todo o estado aguardando por procedimentos.
    “Nós não imaginávamos o quanto o Estado estava defasado com os números. Já realizamos 29 mil cirurgias até agora e para a etapa Campo Grande estão previstas mais de 17 mil cirurgias. Para se ter uma ideia, nos anos anteriores ao nosso mandato, o Estado realizava entre mil e 1,2 mil cirurgias por ano. Hoje nós temos 46 mil pessoas que vão passar pelo procedimento. Então, no ritmo anterior nós demoraríamos 48 anos para fazer tudo”, revelou.

Números atualizados
    Reinaldo aproveitou para atualizar os números e informou mais de 1,6 mil atendimentos somente no primeiro dia de Caravana, com 700 pacientes cadastrados com dia marcado para realizar as cirurgias. O governador destacou que os moradores de Campo Grande e das 16 municípios do entorno não precisam ficar preocupados em não ser atendidos.
    “Muita gente esteve no primeiro dia para as cirurgias oftalmológicas. Aviso que não precisa ir todo mundo de uma vez só. Os atendimentos no Albano Franco terminam dia 29, mas as cirurgias ficam marcadas até o mês de julho. Quanto as demais especilidades, os municípios é que estão direcionando as pessoas que já estão nas filas aguardando por atendimento. Serão 17 mil cirurgias, 12 mil exames especializados. Vamos zerar a fila de ressonância magnética. Serão disponibilizadas mil colonoscopias, mil endoscopias, entre outros”, disse.
    Questionado sobre a quantidade de cirurgias, Reinaldo reforçou que as oftalmológicas terão a fila zerada. Já as demias, pelas quais os pacientes devem ser encaminhados pelos municípios, estão programadas cerca de quatro mil, entre vasculares, ginecológicas, ortopédicas e outras. “Nós contratamos uma equipe de médicos, hospitais e exames para atender a população que estava esquecida nessas filas. As cirurgias serão feitas no Hospital Regional, Santa Casa, São Julião, Hospital do Pênfigo e na Maternidade Cândido Mariano”, pontuou.

Outros temas
    Durante a entrevista, o governador falou sobre a possibilidade da troca iminente do comando do Governo Federal. Para Reinaldo, a próxima gestão precisa cumprir suas obrigações, deixando de empurrar as responsabilidades para Estados e municípios e fazer com que o país volte a crescer.
    “Parece que o Senado vai decidir pelo afastamento da presidente (Dilma Roussef). O que a gente espera é que o Governo Federal cumpra com as obrigações, repassando o que é de direito aos entes federados, ajude nas áreas de saúde, educação, segurança pública e enfrente o maior desafio que é fazer a credibilidade da economia nacional voltar a crescer, gerando emprego e oportunidade. A economia andando para frente diminui a recessão e melhora a vida das pessoas”, declarou.
    Antes de encerrar, Reinaldo falou sobre a sucessão municipal em Campo Grande, para a qual a vice-governadora Rose Modesto foi escolhida como pré-candidata. “A Rose foi escolhida pelo partido do qual que faço parte (PSDB) e tem o apoio do Governo porque é competente, ficha limpa e conhece os problemas de Campo Grande. Vamos andar pelos bairros para conhecer as dificuldades e analisar as potencialidades. Não tenho dúvida que ela é um bom nome”, finalizou.

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