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Com bronze no peito e sorriso no rosto, paratletas desembarcam em MS

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    Com a medalha bronzeada no peito e largo sorriso no rosto. Foi assim que os atletas paralímpicos sul-mato-grossenses do futebol de 7 desembarcaram no Aeroporto Internacional de Campo Grande na tarde desta terça-feira (20), onde familiares, amigos e a imprensa os aguardavam no saguão.
    Marcos, capitão da seleção, puxava a fila dos jogadores durante o desembarque. O paratleta destacou a importância do bronze. "A gente queria algo maior, mas o bronze é mais do que bem vindo. Valorizou bastante pela dificuldade que nós tivemos. A gente sabe o trabalho que nós fizemos, e que é muito importante para o futebol e para a gente crescer futuramente", disse. 
    Questionado sobre o principal adversário do Brasil na Paralimpíada, Marcos foi enfático ao destacar o Irã, que goleou a seleção na semifinal com o placar de 5 a 0. "A gente não fez uma partida agradável na semifinal. Perdemos e não imaginávamos que seria com um placar elástico. O que achei importante foi que a equipe não abalou, que ela se concentrou em trazer esse bronze". 
    O meio campista Maicon ressaltou os reflexos que a conquista paralímpica pode trazer para o esporte em Mato Grosso do Sul. "Foi a primeira paralimpíada que participei e foi muito marcante ganhar a medalha inédita, estou satisfeito. Não veio o ouro mais a felicidade de ter o bronze é igual. Esperamos que o futebol possa crescer no Estado. São poucos times de futebol de 7 aqui". 
    Fora das Paralimpíadas de Tóquio em 2020 – Tanto Marcos quando Maicon mostraram estar triste com a notícia de que o futebol de 7 não fará parte da próxima edição dos Jogos Paralímpicos.
    "É triste estar fora em 2020, porque o nosso objetivo é sempre estar em uma Paralimpíada. Receber essa informação foi triste", desabafou Maicon.
    "É um esporte que estamos tentando alavancar cada vez mais no Brasil, e de repente vem essa notícia. A gente não sabe muito bem a justificativa para tirar a modalidade, mas existem comentários de que ela possa voltar em 2020 na Olimpíada. Com certeza ela estará de volta em 2024", disse otimista o capitão Marcos. 
    Recepção – Familiares, amigos e pessoas que acompanham o trabalho dos paratletas desde o início foram até o aeroporto participar da recepção. O pai do jogador Wesley, Lázaro Martins de Souza, destacou o orgulho em ver o filho em uma competição de nível mundial.
    " É uma sensação indescritível, ver meu filho pela primeira vez em algo que é mostrado para o Brasil inteiro. Algumas vezes eles falharam, jogaram para eles e não para ganhar, não davam posse de bola. Não gostei dos últimos jogos, poderia ser melhor, porque sei da capacidade deles", afirmou.
    Pai que torce para o filho tem liberdade para "cornetar" os erros. "Tem que cornetar. Meu outro filho joga futebol e sempre ensinei os dois a serem fominha", respondeu com bom humor. 
    Cinco dos atletas da Capital frequentam o Caira (Centro Arco-Íris Reabilitação Alternativa). A presidente da instituição, Iara Yule, comentou orgulhosa o resultado obtido pelos rapazes. "O bronze representa a confirmação de um trabalho, de uma modalidade séria e da dedicação desses meninos, o treinamento que foi bem feito. É uma realização para eles e para nós", finalizou. 

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