Aparecida do Taboado (MS) – A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revisou, durante reunião realizada nessa terça-feira (1º), a exigência de retenção de receita para os medicamentos Ivermectina e Nitazoxanida (essa última é mais conhecida como Anitta). A agência diz que os medicamentos, no momento, não se encontram sob ameaça de desabastecimento de mercado. “A alteração foi adotada visando garantir o acesso da população ao tratamento de verminoses e parasitoses bastante conhecidas e bem significativas”, disse a agência.
A farmacêutica aparecidense Ana Cláudia Buzon comemorou a notícia, “ainda bem que prevaleceu o bom senso”, disse ela, explicando que tais medicamentos nunca necessitaram de retenção de receita e que quando isso passou a ser obrigatório prejudicou, principalmente, o tratamento preventivo de pessoas contactantes em casos de Covid-19.
É que, segundo Ana Cláudia, com a suspensão da retenção de receita as pessoas que tiveram contato com pacientes positivados para o novo coronavírus terão liberdade para iniciar o tratamento preventivo antes mesmo de confirmarem o resultado. No entanto, ela ressalta que o tratamento preventivo só é eficaz em casos de pessoas que tiveram contato com o vírus, caso contrário, o consumo descontrolado pode levar a outras complicações de saúde.
De acordo com a Anvisa, a nova medida faz parte do monitoramento de substâncias sujeitas a controle em virtude da emergência de saúde pública em função da pandemia. “A decisão considera ainda que os dois medicamentos já são de prescrição médica e não vêm sendo utilizados em doenças e pacientes crônicos”.
