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Delcídio se licencia do Senado por 15 dias para fazer exames médicos

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    O senador sul-mato-grossense Delcídio do Amaral (PT) apresentou na terça-feira (23) um atestado médico se licenciando por 15 dias do seu posto no Senado.
    O laudo tem data de ontem e servirá para que o senador passe por exames médicos. Caso o afastamento não seja prorrogado, Delcídio retornará ao Senado no dia 8 de março.
    O retorno de Delcídio, que esteve preso por mais de 80 dias e passou a prisão domiciliar na última sexta-feira (19), era aguardado para esta semana, mas, ele não apareceu no Senado porque sua defesa considerou que antes era necessário esclarecer algumas exigências feitas pelo minsitro Teori Zavaski para que ele pudesse trabalhar durante o dia.
    Quando voltar ao Senado, Delcídio não deverá mais ser o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A liderança do PT já apresentou um comunicado à Mesa Diretora da Casa solicitando a substituição do senador por Donizeti Nogueira (PT-TO) como membro da CAE. Além disso, a bancada do partido já decidiu que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) será a nova presidenta da comissão.
    A eleição de Gleisi estava marcada para hoje, mas o vice-presidente da CAE, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), retirou a convocação da eleição e ainda não marcou nova data. O comunicado sobre a substituição de Delcídio por Donizeti também deveria ter sido lida desde a semana passada, mas ainda não foi.
    Segundo Lira, somente quando ela for lida, publicada e a comissão for oficialmente comunicada sobre a mudança é que Delcídio deixará de ser membro da CAE. Provavelmente isso ocorrerá nos próximos dias, enquanto o senador estiver em licença médica.
    Delcídio do Amaral era líder do governo no Senado e considerado um dos senadores mais influentes da Casa quando foi preso, em 25 de novembro de 2015, acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
    O senador ofereceu dinheiro e um plano de fuga para ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fechasse acordo de delação premiada com o Ministério Público. A oferta foi gravada pelo filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, que entregou o áudio ao MP.
    Na conversa gravada, Delcídio faz menção a alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, com os quais ele garantia conseguir um habeas corpus para que Nestor Cerveró pudesse deixar a prisão e fugir do país, em um plano providenciado pelo próprio senador. Além de Delcídio, foram presos o advogado do ex-diretor da Petrobras, Edson Ribeiro, e o chefe de gabinete do Senador, Diogo Ferreira, que participaram das negociações.

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