De janeiro até hoje (21), a SES (Secretaria Estadual de Saúde) notificou 14.060 casos de dengue em Mato Grosso do Sul. O número é 765,7% maior que os primeiros três meses de 2018, quando apenas 1624 casos tinham sido notificados. A comparação foi feita a partir de dados dos boletins epidemiológicos divulgados semanalmente.
Além da grandeza dos casos notificados, os 14.060 já batem todo o ano de 2018, quando 10.727 casos foram notificados.
Ainda conforme o boletim, em Campo Grande, que enfrenta alta circulação do vírus – epidemia, a Saúde usa o critério clínico e ambulatorial. No entanto, todos os pacientes passam por exames do Lacen (Laboratório Central), que indica 874 casos confirmados por mostras sanguíneas e 5023 com critério clínico, um total de 5897.
O documento aponta quatro mortes em decorrência da doença. Dois idosos de 72 e 78 anos morreram em Campo Grande, o primeiro no dia 27 de janeiro e o segundo no dia 14 de março. As vítimas tinham hipertensão, ou seja, estavam no grupo considerado de risco.
As outras duas mortes ocorreram em Três Lagoas, uma mulher de 56 anos, no dia 10 de fevereiro, e uma idosa de 76 anos, no dia 13 de fevereiro. A primeira tinha um transplante renal e a segunda enfrentava hipertensão, doença cardiovascular crônica e diabetes.
Em Aparecida do Taboado, a situação não é muito diferente. O estado é bastante crítico e os casos superam em 1.400% o ano de 2018, quando foram feitas apenas 18 notificações. Até agora, o município já notificou 252 casos. Agentes de endemias realizaram pontos de bloqueios em bairros que apresentaram o maior número de casos, tendo, inclusive, organizado mutirões de limpeza no Jardim Imperial e Jardim das Flores (e adjacências), onde houve a maior incidência de focos do mosquito transmissor.
Segundo a Coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Mírian Regina, cerca de 10% dos casos notificados já estão confirmados, mas a tendência é que os demais acabem por se confirmar, tendo em vista que os resultados de exames feitos através do Governo do Estado estão com um atraso de 40 dias ou mais.
Ela explicou que muitos pacientes têm optado por fazer o exame de forma particular para dar celeridade ao tratamento da doença. No entanto, o município não registra nenhuma morte por Dengue. (Com informações do Campo Grande News)